Assembleias de quarta foram massivas, e a paralisação começou em todos os estadosVeja o quadro nacional das paralisações (.pdf)

A proposta da mesa única da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de apenas repor a inflação do período, esquecendo das reposições das perdas que chegam a quase 100%, aliada à PLR inferior ao ano passado, não foi aceita, e os banqueiros tiveram como resposta nacional da categoria: greve por tempo indeterminado.

Os maiores bancos brasileiros obtiveram lucros de mais de 14 bilhões de reais, além do socorro do governo da ordem de mais de 200 bilhões.

Os sindicatos da CUT não tiveram outra escolha a não ser defender a deflagração do movimento. Agora, a luta é para, além de buscar as perdas, preparar os bancários de bancos públicos a colocar em xeque o governo e ir além do acordo da Fenaban. A briga pela reposição das perdas, PCS, PCC, isonomia e outros itens, não pode parar nas propostas da mesa única da Fenaban.

Os sindicatos de Bauru, RN e MA, que protocolaram a pauta alternativa do MNOB exigindo 30% de reajuste para todos, já tinham realizado paralisações desde o dia unificado contra a crise, em 14 de agosto, e no dia 28 de agosto, dia do bancário. A última paralisação antes de ser deflagrada a greve foi em 18 de setembro.

As Oposições do Movimento Nacional de Oposição Bancária também não ficaram a reboque do imobilismo da CUT e fizeram mobilizações em praticamente todas as capitais. Este movimento fez com que a categoria exigisse assembleias antes do final de setembro o que se mostrou certo pelo nível de greve que temos hoje.

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