A Frente de Luta Contra a Reforma Universitária foi formada para unir os mais diferentes e combativos setores do movimento estudantil na batalha para barrar a reforma privatizante de Lula e do FMI. O comitê estadual da frente em Alagoas provou, na noite da última sexta-feira, 16 de março, que a luta contra a reforma universitária está viva e é fundamental na defesa da educação pública e de qualidade.
No ginásio da Universidade Federal de Alagoas, durante a aula inaugural, preparada para receber os calouros, cerca de cinqüenta estudantes representando a Frente, protestaram contra a reforma e esclareceram seus principais pontos já aprovados. Com faixas, cartazes e apitos, os estudantes entraram no ginásio sob os olhares curiosos dos novos alunos. Mas não demorou muito para que os novatos descobrissem do que se tratava. Denunciando a conivência da reitora Ana Dayse e do vice-reitor Eurico Lobo com a privatização da universidade, os manifestantes entraram no ginásio entoando o grito de “Ô Ana Dayse! Ô Seu Eurico! Educação não é penico!”.
Irreverência e criatividade na luta
Com máscaras de Lula e da reitora Ana Dayse, os estudantes subiram no palco, montado para a solenidade da noite, e gritaram várias palavras-de-ordem que deram o tom da manifestação. “Não pago! Não pago! Educação não é supermercado!”, cantavam todos. Enquanto isso, alguns estudantes distribuíam panfletos da frente e boletos bancários, representando a privatização da universidade.
Um dos melhores momentos do ato se deu quando a frente puxou a seguinte palavra de ordem: “Um, dois, três! Quatro, cinco, mil! Ou pára essa reforma ou paramos o Brasil!”. As cerca de mil pessoas presentes no ginásio acompanharam em peso o grito, mostrando o completo repúdio a essa reforma.
O vexame da noite ficou por conta do DCE/UFAL, dirigido pela UJS. Além de ter sido surpreendido pela manifestação, seus integrantes e apoiadores tentaram vaiar as palavras-de-ordem da frente. Eles acabaram sendo engolidos pelo coro empolgado.
Ao final do ato foi feito um chamado aos calouros para fazerem parte da Frente de Luta Contra a Reforma Universitária. Os estudantes desceram do palco entoando um último grito: “Das ruas, das praças, da luta não fugiu! Aqui está presente o Movimento Estudantil!”.
Esse primeiro ato provou que a luta contra a reforma universitária está na ordem do dia e que só está sendo encampada porque se dá por fora dos marcos da UNE governista.