Em vez de unidade pra lutar, a Força Sindical agride militantes da Conlutas no portão de entrada da GM de GravataíNesta segunda-feira, 1º de dezembro, os operários da General Motors de Gravataí e os funcionários das empresas sistemistas, voltaram ao trabalho depois de passar praticamente todo o mês de novembro em férias coletivas. Eles trabalharão durante esta semana. Depois, terá início novo período de férias coletivas que vai até o dia 2 de janeiro.

A Conlutas foi até a porta da fábrica na troca do turno da tarde para fazer a distribuição do jornal dos metalúrgicos da Conlutas, especial para as plantas da GM. Ao chegar ao local os militantes foram agredidos – primeiro verbalmente e depois fisicamente – por membros do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, ligado à Força Sindical.

Do caminhão de som, o dirigente conhecido como “Quebra-Mola” ficava incitando os outros diretores a provocarem e agredirem os integrantes da Conlutas de várias categorias que estavam apoiando os companheiros da Oposição Metalúrgica. O próprio Quebra-Mola desceu do caminhão com um porrete para tentar agredir e intimidar.

Devido às provocações, pancadaria e intimidações, os ativistas da Oposição e da Conlutas optaram por deixar a panfletagem do segundo turno para um outro momento.

Em nenhum momento os dirigentes da Força Sindical falaram contra a GM ou chamaram a unidade para lutar em defesa dos empregos e direitos. Caluniaram o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos – filiado à Conlutas – e os trabalhadores de outras categorias, como os comerciários de Passo Fundo e os dirigentes do CPers-Sindicato que estavam apoiando a luta dos metalúrgicos.

Esta é uma atitude lamentável, pior ainda neste momento em que os trabalhadores da GM estão precisando de muita unidade para derrotar a tentativa de demissões e retirada de direitos que a empresa quer impor diante da crise econômica mundial e a falência desta que é a maior empresa montadora do mundo.

A Conlutas e a Oposição Metalúrgica de Gravataí continuarão lutando contra qualquer demissão, pela estabilidade no emprego e pela redução da jornada de trabalho para 36 horas sem banco de horas. Estaremos juntos com todos aqueles que quiserem construir a unidade ao redor destas bandeiras, mas seguiremos criticando duramente e fazendo oposição aos que, diante da crise, defendem mais dinheiro para estas multinacionais e concordam com sacrificar os trabalhadores.