Governo Dilma coloca Força Nacional de Segurança e Exército para garantir entrega do petróleo

O forte aparatou repressivo montado pelo governo Dilma e Cabral para garantir o leilão do Bloco de Libra no Rio mal deixou os manifestantes se concentrarem para o ato contra a entrega do petróleo. Pouco antes das 11h, a Força Nacional de Segurança, que montava um dos bloqueios ao local do leilão, começou a reprimir de forma violenta os manifestantes, com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

A repressão começou em frente à Praça Ó, na Barra da Tijuca e transformou a Avenida Lúcio Costa numa verdadeira Praça de Guerra. Pelo menos seis pessoas ficaram feridas, dois petroleiros com gravidade, atingidos por estilhaços de bombas. Ao menos 800 pessoas se concentravam quando a primeira barreira montado pela FNS investiu com violência contra os ativistas.

Soldados da Força Nacional chegaram a reprimir manifestantes na praia da Barra da Tijuca. Segundo a imprensa, o gás lacrimogêneo chegou a atingir o hotel.

Manifestantes se protegem com tapumes e escudos improvisados. Apesar da forte repressão, que continua de forma incessante desde o início da concentração do ato, o protesto segue.

A área ao redor do Hotel Windsor, local onde será realizado o leilão, está completamente sitiada, com 1100 homens da Força Nacional, armados com armas letais, e também por soldados do Exército, Marinha, além da Polícia Federal, militar e civil. As ruas foram bloqueadas e os moradores só podem entrar com comprovante de residência.

Além dos protestos contra o leilão, os petroleiros fazem uma forte greve contra a entrega do petróleo, a maior desde a greve de 1995, coincidentemente também reprimida pelo Exército pelo governo FHC.

LEIA MAIS
Petroleiros entram no 5º dia de greve para barrar a maior privatização da história do país