Na última terça-feira (14/09), a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) intensificou as mobilizações em suas bases, avançando no objetivo de construir uma campanha salarial vitoriosa.

No Sindipetro-SJC, por exemplo, os trabalhadores realizaram greve de 24 horas e aprovaram para o dia seguinte (quarta-feira -15/09) atraso de três horas na entrada dos petroleiros que operam em regime de turno e de uma hora na entrada dos que trabalham em horário administrativo.

O mesmo atraso de três horas foi iniciado na última terça (14/09) pelos demais sindicatos da FNP. Nas bases do Sindipetro-PA/AM/ MA/AP os petroleiros (Turno e ADM) aderiram ao movimento de forma maciça. Êxito semelhante obteve o Sindipetro-RS, que conseguiu a adesão do turno e ADM na Refap e em três terminais da Transpetro.

No Sindipetro-LP a mobilização, também de três horas, envolveu os técnicos de operação da RPBC, terminais da Transpetro (Pilões, Alemoa e Tebar) e plataformas (Merluza e Mexilhão). Os petroleiros que trabalham em regime administrativo também aderiram à paralisação não emitindo PT´s.

Unir a categoria é fortalecer a luta
As novas mobilizações encampadas pela FNP surtiu efeito imediato na direção da Petrobrás. Poucas horas depois da início do movimento, o RH Corporativo da companhia enviou ofício aos sindicatos da FNP informando que a nova rodada de negociações acontecerá na quinta-feira (16/09), às 10h, no Rio de Janeiro.

No entanto, mesmo com essa informação, as mobilizações com atrasos de até três horas estão mantidas e não irão cessar caso a empresa insista em apresentar uma proposta salarial rebaixada.

A FNP, que já demonstrou no Dia Nacional de Paralisação sua disposição de construir uma campanha unificada, reforça o chamado para que os 17 sindicatos espalhados no País lutem de forma conjunta, com mesa de negociação única. Este é o único caminho para fortalecer os movimentos, que foram iniciados em nossas bases no dia 25 de agosto, com paralisações de duas horas.

Não há outra forma de arrancar da empresa um acordo coletivo digno e sem discriminações.

Exigimos

  • Aumento real em nosso salário base de 10%
  • Reajuste salarial com base no maior índice utilizado para reajuste dos salários, seja o ICV/DIEESE, INPC ou IPCA
  • Pagamento dos 30% de periculosidade (Isonomia da RMNR). Periculosidade pra valer!
  • Extensão do “bolsa-bônus” de R$ 90 milhões concedido para cerca de 9.500 privilegiados a todos os petroleiros
  • Reposição das perdas salariais, acumuladas desde setembro de 1994 até agosto de 2010 em 29% (ICV-DIEESE)
  • O fim das remunerações variáveis, que prejudicam principalmente os aposentados e pensionistas
  • Plano Petros Único, BD, para os trabalhadores de todas as empresas do Sistema Petrobrás
  • PLR Máxima (25%) e Igual para Todos!
  • O fim das discriminações aos aposentados e pensionistas, ativa e terceirizados
  • Anistia ampla, geral e irrestrita para os trabalhadores do Sistema Petrobrás
  • AMS plena e custeada 100% pela Petrobrás. Inclusão dos pais e demais dependentes
  • AMS para aposentados da Transpetro
  • Correção e melhoria do PCAC