Agora é preciso continuar a mobilização para derrotar os ataques de AécioA assembléia estadual do dia 26 de setembro deliberou por maioria a suspensão da greve e a manutenção de Estado de Mobilização. A decisão deveu-se ao número expressivo de trabalhadores que voltaram às aulas, motivados pela intensificação das ameaças do governo, como o corte de ponto, entre outras.
É importante ressaltar, também, que o índice de paralisação poderia ter sido maior caso houvesse uma intensificação do trabalho de base e caso a greve fosse de fato construída pela direção central do Sind-UTE, entidade representativa da categoria. O sindicato pouco se moveu para construir um grande movimento grevista no Estado.
O grande objetivo da direção central da entidade era a defesa da Lei do Piso, sancionada pelo governo Lula, sem fazer nenhuma crítica à mesma. Esta lei é um engodo. Servindo apenas para criar uma falsa expectativa entre os trabalhadores, pois estabelece que o piso salarial de R$950 é apenas para 40 horas semanais.
Desde a primeira assembléia, a subsede Contagem do Sind-UTE e o Movimento de Oposição Muda Sind-UTE deixaram claras as suas diferenças com as direções do sindicato e da CUT (ArtSind). Porém foi necessária a unidade para lutar contra os ataques do governador Aécio Neves (PSDB). A unidade foi construída com base na pauta aprovada pela assembléia do dia 28 de agosto, que definiu como principal bandeira de luta o piso salarial de R$950 para 24 horas de trabalho.
Passados 29 dias de greve, muitos podem dizer que pouco foi conseguido e outros, até, que não se conseguiu nada. A categoria fechou rodovias, fez assembléias e passeatas, ocupou superintendências e a Secretaria de Educação e acampou na porta da Assembléia Legislativa. Mas a maior vitória foi mostrar ao governo a força dos educadores e que, com uma maior mobilização, poderão arrancar vitórias.
A greve demonstrou que é urgente a construção de uma nova direção para o Sind-UTE, comprometida com a luta e independente dos governos.
Veja, abaixo, as propostas aprovadas na assembléia do dia 26 de setembro.