Embarcou, na madrugada desta terça-feira, 26, a delegação de sindicalistas brasileiros, organizada pela Conlutas, rumo ao Haiti. No aeroporto de Guarulhos (SP), 20 pessoas aguardavam ansiosas a saída do vôo vindo do Rio de Janeiro, prevista para 3h55.

Entre os viajantes, estão sindicalistas, representantes dos movimentos estudantil e popular, aposentados e jornalistas. Um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aderson Bussinger, do Rio de Janeiro, também compõe o grupo.

A estudante da Universidade Federal Fluminense, Sabrina Luz, revelou sua ansiedade momentos antes da partida: “estou nervosa, à espera de ver a situação do Haiti, acho uma experiência muito importante”. Para poder viajar, Sabrina realizou uma campanha financeira, recolhendo contribuições de amigos e professores.

Segunda-feira de grandes expectativas
Na véspera da viagem, durante todo o dia, os brasileiros já se preparavam para a partida. Eles se encontraram à tarde na sede da Conlutas Nacional, em São Paulo, onde concederam uma entrevista à Radiobras e ao Diário de São Paulo, explicando o que seria a missão.

No resto da tarde, fizeram leitura de textos e documentos informativos sobre o Haiti. Também foi o momento de acertar os últimos detalhes organizativos. A “Carta ao povo do Haiti” recebeu várias adesões de ultima hora.

Antonio Donizete Ferreira, o Toninho, um dos coordenadores da viagem, organizou uma conversa com os viajantes para ressaltar a importância da visita e os objetivos da mesma: denunciar a situação no Haiti e exigir a retirada das tropas de ocupação. “Essa ocupação militar tem interesses claros do imperialismo, que se utiliza da miséria daquele povo para lucrar ainda mais”, disse Toninho.

À noite, após jantarem, a delegação assistiu ao vídeo “Haiti: dignidade de um povo”, realizado pelo Jubileu Sul.

Eliana Maciel, secretária da Conlutas, acompanhou os viajantes desde a tarde até o aeroporto de Guarulhos, na madrugada. “A expectativa de todos era muito grande sobre o que iriam encontrar no Haiti. Eles sabiam que era uma situação muito difícil e queriam ler e se informar ao máximo sobre o país”, relatou Eliana.

Os brasileiros devem chegar ao Haiti por volta das 14h, onde serão recebidos por dirigentes do grupo Batalha Operária. Eles retornam ao Brasil no dia 4 de julho, após cumprir uma agenda que envolve participação em encontro de trabalhadores, reunião com o governo haitiano e visita a lugares históricos do país.

*Com informações do blog da Conlutas “Solidariedade ao povo haitiano”