Na quarta feira, dia 31, os trabalhadores da Volkswagen do ABC, Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR) fizeram um dia de greve, com passeatas na via Anchieta e na via Dutra.

Em Taubaté, houve enfrentamentos com a polícia e dois diretores do sindicato foram presos. Em São José dos Pinhais, houve passeata pelo centro da cidade.
Já os trabalhadores da General Motores (GM), em São José dos Campos (SP), realizaram nesse dia uma paralisação de duas horas e pararam a via Dutra.
Na sexta, dia 2, os trabalhadores da GM paralisaram totalmente a produção. Com a paralisação, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos unificou, na prática, a luta dos trabalhadores das montadoras (Volks e GM).

Depois de cruzarem os braços, cerca de mil metalúrgicos saíram em passeata em direção à refinaria Revap, onde o presidente Lula estava inaugurando uma nova unidade.

Na ocasião, foi formada uma comissão entre os sindicatos de São José dos Campos e de Taubaté, que foram recebidos pela assessoria de Lula. Os sindicalistas entregaram uma carta ao representante da Secretaria-Geral da Presidência, Hilário Cândido, e ao membro do Gabinete da Presidência, Sérgio Alvarez. O documento exigia que o governo intercedesse contra as demissões e garantisse a estabilidade no emprego dos trabalhadores.

Os assessores se comprometeram a entregar a carta a Lula, disseram que ele estudaria o assunto e daria uma resposta. Até o fechamento dessa edição, os sindicalistas ainda não tinham obtido nenhuma resposta do governo federal.

Exigência ao governo
É necessário exigir do governo que garanta a estabilidade no emprego para os trabalhadores das montadoras. Não é possível que o governo empreste R$ 497,1 milhões do BNDES para as empresas que estão precarizando o trabalho e cortando direitos conquistados com muitas lutas.

Os trabalhadores devem exigir de Lula, que saiu do ABC para a Presidência, e de Luiz Marinho, que foi trabalhador da Volks e hoje é ministro do Trabalho, o fim de seu apoio à empresa, para garantir a estabilidade de todos os metalúrgicos.

Continuar a mobilização
Apesar das diferenças que existem entre a Conlutas, a CUT e a Força Sindical, é fundamental a unidade de todas as forças para impedir essas demissões.

A Conlutas e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos estão propondo uma luta unificada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que até agora evitou de todas as maneiras essa unidade.

Os metalúrgicos da Conlutas propõem, além da mobilização conjunta entre os trabalhadores da GM e da Volks, que os sindicatos de todo o país se integrem nesta campanha, promovendo manifestações em frente às concessionárias de ambas montadoras.
Post author Emmanuel de Oliveira, de São Bernardo do Campo (SP)
Publication Date