Apesar dos altos lucros, as montadoras seguem com sua política de reestruturação, acarretando em demissões, retirada de direitos e redução de salários. Ou seja, as concessões fiscais não impedem as demissões. As demissões na GM são prova de que as empresas não têm nenhum compromisso social com a cidade e o país, salvo em ampliar seus lucros.

O poder público não pode ser conivente com esta situação. O prefeito de São José, Carlinhos Almeida (PT), deve se posicionar publicamente contra as demissões, visto que cada demissão na GM significará a perda de mais sete postos de trabalho, diretos e indiretos, ao longo da cadeia produtiva. Além disso, é importante que o prefeito ajude o sindicato a promover uma reunião com a presidente Dilma Roussef (PT), que até agora não apenas não recebeu os trabalhadores, como não fez sequer uma declaração contrária às demissões.

O Governo Federal possui os meios políticos e legais para impedir as demissões na GM. Com tantas concessões do governo às montadoras, o mínimo que a presidente deve fazer é editar uma Medida Provisória proibindo as demissões.

Fortalecer a luta para impedir as demissões
Os próximos momentos serão decisivos para os trabalhadores da GM. O tempo é curto e se aproxima o desfecho do impasse. A empresa irá pressionar os trabalhadores para aceitarem as demissões e um pacote de redução de direitos, sem nenhuma garantia de novos investimentos. Para impedirmos as demissões, será necessária a unidade de todos os trabalhadores da empresa e uma forte mobilização capaz de fazer o Governo Federal se posicionar e a GM retroceder em seus planos.

Mas, não bastará a luta dos trabalhadores da empresa. Nos próximo dias será necessário fazer repercutir a luta dos metalúrgicos da GM entre os trabalhadores das demais categorias do país, bem como cercar de solidariedade a luta dos operários da General Motors.

Neste sentido, os sindicatos da CUT, Força Sindical, CTB e demais centrais devem se posicionar contra as demissões e realizar, junto com a CSP-Conlutas, uma forte campanha nacional em defesa dos empregos e direitos.

Uma campanha que esteja centrada na defesa dos empregos e contra os ataques aos direitos dos trabalhadores, cuja maior expressão, neste momento, é o ACE. Devemos iniciar já uma forte campanha nacional que exija de Dilma a proibição das demissões e que lute para barrar a aprovação do ACE no congresso.

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