A tragédia na região serrana também mostrou que os trabalhadores pobres são as principais vítimas da devastação ambiental. Graves problemas sociais, como a falta de moradia, combinados com desmatamentos de áreas que deveriam ser preservadas, somados às chuvas cada dia mais intensas, formaram a combinação perfeita o desastre.

Alguns cientistas sustentam a hipótese de que eventos climáticos extremos (com as fortes chuvas na região serrana) possam estar relacionados ao aquecimento global, causado pela devastação capitalista. Ou seja, os países capitalistas ricos destroem o meio ambiente e quem paga a conta é população pobre.

A natureza já se apresentou de forma brutal em outras regiões do planeta, mas, os países imperialistas têm melhores condições para se adaptar às mudanças. Isso porque tem acesso a tecnologias que permitem minimizar os efeitos catastróficos de determinados fenômenos naturais. Um exemplo é as recentes chuvas e enchentes na Austrália, bem maiores do que no Rio, e que alagaram uma área equivalente a da França e a Alemanha juntas. Apesar disso, pouco mais de 30 pessoas morreram.

Por outro lado, os países explorados pelo imperialismo não possuem recursos financeiros para tal adaptação. Suas riquezas são espoliadas pelas nações imperialistas e ainda enfrentam a degradação ambiental causada pelas multinacionais e grandes corporações.
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