De 4 a 9 de dezembro ocorre em Luziânia (GO) o Congresso da Fasubra, o Confasubra (Congresso Nacional dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Universidades Brasileiras).

O grande debate que polarizará o congresso é a ruptura com a CUT. De um lado, a corrente “Tribo” (Articulação), o PCdoB e a Democracia Socialista, que compõem a maioria da atual direção da Federação e defendem a Central. No congresso vão tentar reverter o profundo desgaste que ela tem na base da categoria. De outro, o “Vamos à Luta” defende a desfiliação da Fasubra da CUT.

Além disso, a batalha do “Vamos à Luta” será também pela organização da mobilização contra as reformas neoliberais, principalmente a Universitária.
A necessidade da construção de uma nova direção para a Fasubra, alternativa ao governismo da Tribo, também está no centro do debate. A atual direção da Federação segue a política de focalizar a campanha salarial nas reivindicações específicas, boicotando as lutas gerais e impedindo o impulso de uma grande mobilização unificada contra o governo.

Com isso, a categoria amarga arrocho e retrocesso em seus direitos. O Plano de Carreira encaminhado pelo governo, por exemplo, retrocede em relação ao negociado com o governo Fernando Henrique Cardoso.

A batalha dentro do “Vamos à Luta”
No entanto, a disputa não se reduz à ruptura e superação da CUT. Dentro do “Vamos à Luta” (VAL), duas propostas polarizam a discussão.

Os ativistas da Conlutas, como os militantes do PSTU, por um lado, defendem a imediata ruptura com a CUT e a construção da Conlutas como alternativa de luta.

Por outro lado, outros setores do VAL defendem a Intersindical, proposta de alternativa que não supera a CUT, mas que tenta reunir setores dentro e fora da central.

Os militantes da Conlutas utilizaram um manifesto propondo a ruptura com a CUT e a luta contra as reformas para a eleição de delegados ao Congresso, obtendo grande receptividade na base. Na Universidade Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), foram eleitos 22 delegados que simpatizam com a Conlutas. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), dos 21 delegados eleitos, 15 são do Vamos à Luta. Na Universidade Federal do Pará (UFPA), dos 18 delegados, 11 são da oposição.
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