A unidade entre a juventude lutadora e os trabalhadores deve fortalecer a campanha por uma Maringá para os trabalhadores.Em convenção eleitoral realizada no dia 26 de junho, o PSTU de Maringá anunciou oficialmente as pré-candidaturas de Bruno Coga a Vice-Prefeito e Mônica Almeida à Vereadora. De acordo com avaliação da militância, a unidade entre a juventude lutadora e os trabalhadores pode fortalecer a campanha e impulsionar a construção de uma Maringá para os trabalhadores.

Hoje, a juventude possui um destacado papel nas lutas na Europa e Oriente Médio. No Brasil não é diferente, a começar pelas greves nas universidades federais que já dura mais de um mês. Por outro lado, estas lutas só tem sido possíveis pela unidade da juventude com os trabalhadores. É da experiência nas lutas e nas ruas que queremos apresentar nosso programa de governo.

Uma Maringá para os trabalhadores
Com o lema “Maringá para os trabalhadores”, os candidatos da Frente de Esquerda apresentarão uma alternativa à falsa polarização entre “esquerda” e “direita” que provavelmente se dará em Maringá nas figuras de Ênio Verri-PT e Pupim-PP. PT e PP são aliados na esfera federal (o PP não só pertence à base do governo como comanda o Ministério das Cidades). Além disso, a polêmica foto de Lula em visita a casa de Maluf comprova seu acordo programático. É possível, que em Maringá este acordo já esteja selado antes mesmo de se dar à disputa.

Diferente dos demais partidos, apresentaremos um programa socialista aos trabalhadores e à população de Maringá. Tomaremos a experiência daqueles que pararam os canteiros de obra da linha férrea, das mobilizações nas UEM, das lutas contra as opressões canalizadas pela Marcha das Vadias e pela Parada Gay.

A região de Maringá foi a que obteve o maior crescimento econômico do Paraná. Ao mesmo tempo, é a região que possui o menor salário médio do Estado. Ou seja, o crescimento da cidade deve-se a partir da super-exploração dos trabalhadores. Além disso, Maringá possui a tarifa de ônibus mais cara do Estado e, inclusive, uma das mais caras do país. Não bastasse isso, os altos índices de violência contra a mulher e os casos de agressões e homicídios contra homossexuais e transexuais evidenciam a falta de políticas públicas para combater o machismo e a homofobia. Ou seja, a “cidade verde” dos visitantes e da burguesia, não é a mesma daqueles que são obrigados a pegar transporte público caro e lotado todos os dias, nem daqueles que se matam de trabalhar para ganhar uma miséria ou dos que sofrem cotidianamente com a violência e o preconceito.

Mostraremos em nosso programa que é possível governar nossa cidade para os trabalhadores, governando contra o interesse dos ricos e dos patrões.

…e para as trabalhadoras
E se as mazelas que sofrem os trabalhadores não são poucas, pior ainda é a situação das mulheres trabalhadoras e pobres, seja porque são as que recebem os salários mais baixos ou porque são as que mais sofrem com o desemprego e o trabalho precarizado. A falta de políticas públicas como saúde de qualidade ou creches em tempo integral aumenta a carga de trabalho extra das mulheres. Por outro lado, sofrem também com a violência machista. Só no primeiro trimestre deste ano, segundo dados da Delegacia da Mulher, o número de casos de agressão contra mulheres registrado foi quase a metade de todos os casos registrados no ano passado. É por isso que nas eleições proporcionais, apresentaremos a candidatura feminina de Mônica Almeida, para dialogar com as trabalhadoras de nossa cidade e mostrar que é preciso combater com firmeza todas as formas de machismo e desigualdade entre homens e mulheres, mas que a melhor política para a mulher é aquela que beneficia os trabalhadores de conjunto.

Uma candidatura feminista, classista e a serviço do socialismo
Mônica Almeida é figura conhecida no movimento estudantil. Participou da ocupação da reitoria em 2011, das mobilizações que ocorreram na UEM neste ano e é uma militante feminista ativa e reconhecida na cidade de Maringá. Sua candidatura é importante porque mostra que não basta ser mulher, é preciso ser de luta. Uma candidatura feminina sustentada pela burguesia, por empresários, banqueiros ou latifundiários, não serve para as trabalhadoras, pois aprovam medidas que retiram direitos de nossa classe. Acreditamos que apostar em uma candidatura jovem e feminista para o legislativo pode ser um diferencial para os trabalhadores nestas eleições.