Além das importantes definições sobre estratégia, programa, concepção e caráter da nova organização, o congresso tem a importante tarefa de definir um plano de ação que arme os trabalhadores e o conjunto dos explorados e oprimidos para resistir aos ataques dos patrões e dos governos.

O Brasil, que foi atingido significativamente pela crise no final de 2008 e em 2009, se beneficiou da recuperação parcial e conjuntural da economia internacional no final do ano passado. Mas já existe um novo momento da crise, com foco na Europa, em países como Grécia, Portugal, Espanha e Itália, entre outros, sofrendo com a explosão da sua dívida pública e do seu déficit fiscal.

Os governos europeus já começam a aplicar os planos de ajustes, propondo a redução de salários e aposentadorias, demissões e corte de gastos públicos, querendo jogar, mais uma vez, o ônus da crise nas costas dos trabalhadores.

No Brasil não é diferente. Mesmo em um quadro de recuperação parcial da economia, os patrões e o governo, preventivamente, estão buscando aplicar a mesma receita. Como já podemos ver no projeto de lei nº 549, que visa congelar por dez anos os salários dos servidores públicos, e na dureza dos patrões na maioria das negociações salariais.

Os trabalhadores brasileiros devem seguir o exemplo da classe trabalhadora grega e trilhar o caminho da luta. Só a mobilização em defesa dos nossos direitos pode derrotar os ataques dos patrões e do governo.
Portanto, o Congresso da Classe Trabalhadora tem que definir um plano de ação que coloque a necessidade da unificação das lutas e das campanhas salariais do segundo semestre. Buscando construir, ainda em 2010, um grande dia nacional de lutas e paralisações, unificando as lutas da nossa classe com todos os explorados e oprimidos.

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