Manoel de Assis participa de debate
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Manoel de Assis denunciou as candidaturas dos ricos e apresentou uma alternativa operária e socialista para a capital alagoanaNa noite desta segunda-feira, 28 de setembro, a população de Maceió assistiu ao primeiro debate entre os candidatos à prefeitura da capital alagoana. Promovido pela TV Pajuçara, afiliada da Rede Record, o debate teve quase duas horas de duração e foi transmitido também pelo rádio e pela internet.

Dos cinco concorrentes à prefeitura, apenas o atual prefeito e candidato à reeleição, Cícero Almeida (PP), não compareceu. Estiveram presentes Judson Cabral (PT), Solange Jurema (PSDB), Mário Agra (PSOL) e Manoel de Assis (PSTU). Em cinco blocos, os candidatos fizeram perguntas entre si e responderam a jornalistas e internautas.

Compromisso com as lutas
No primeiro bloco, dedicado à apresentação dos concorrentes, os candidatos tiveram de responder à pergunta: “Por que quero ser prefeito de Maceió?”. O PT, o PSDB e o PSOL disseram estar preparados para assumir a prefeitura, criticaram a atual gestão e lamentaram a ausência de Cícero Almeida, apelidado de “prefeito fujão”. Manoel de Assis não só criticou Almeida como também se diferenciou das outras candidaturas, denunciando o comprometimento delas com os interesses dos patrões.

O candidato do PSTU afirmou, ainda, que seu nome e seu partido estão a serviço das lutas da classe trabalhadora e das necessidades do povo pobre. “Todos os governos privilegiaram os empresários, empurrando os trabalhadores ao desemprego. Estaremos a serviço de greves, ocupações de terrenos e de imóveis, diferentemente de duas candidaturas aqui presentes, uma presa ao governo federal, e a outra, ao estadual, que continuarão a prometer e não cumprir”, disse.

O bloco seguinte foi reservado para perguntas de jornalistas presentes no auditório. A tucana Solange Jurema, perguntada sobre transporte público, se atrapalhou e não soube explicar sua proposta enganosa de Plano de Mobilidade Urbana.

O candidato do PSOL, Mário Agra, foi questionado sobre investimentos em habitação. Agra afirmou que iria rediscutir a dívida pública do município, mas não defendeu o não-pagamento.

Já Judson Cabral falou sobre a decepção na política e o atual escândalo de corrupção. “Temos uma Assembléia Legislativa em que a maioria dos deputados foram indiciados por desvio de recursos, assim como o atual prefeito”, afirmou. O petista só esqueceu-se de dizer que seu partido foi responsável por um dos maiores casos de corrupção deste país: o famoso mensalão.

Manoel de Assis defendeu o não-pagamento da dívida aos banqueiros. “Essa dívida não foi feita pelos trabalhadores. Foi feita pelos governos para beneficiar os empresários”, argumentou. E completou falando sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal: “A Lei de Responsabilidade Fiscal foi criada no governo do ex-presidente Fernando Henrique e mantida pelo governo Lula para retirar dinheiro do serviço público”.

No bloco em que os candidatos fizeram perguntas entre si, destaque para a pergunta feita por Manoel de Assis à candidata Solange Jurema. Manoel questionou a veracidade do comprometimento da tucana em “cuidar das pessoas”, já que ela é do mesmo partido do ex-presidente Fernando Henrique, responsável pela destruição dos serviços públicos.

A resposta da candidata do PSDB não só mostrou mais uma vez a cara de pau desse partido como também revelou que o PT aprendeu direitinho a lição com os tucanos. “Não estou aqui para mentir. Fernando Henrique não destruiu nada. Tanto é que o presidente Lula segue suas políticas sociais. Sempre cuidei das pessoas. Não estou inventando nada agora”, afirmou.

O candidato do PT em sua pergunta tentou desqualificar Manoel de Assis ao dizer que “não pagar a dívida é dar um calote nos trabalhadores”. Manoel rebateu a acusação dizendo: “Não vamos trair os trabalhadores, como fez o PT, que, quando eleito, passou a negociar a dívida, cujo pagamento só beneficia os empresários”.

Ainda em outro bloco com perguntas entre os candidatos, Manoel questionou Judson Cabral sobre o transporte público, já que o candidato não garantiu que não aumentaria a passagem de ônibus. Judson respondeu que isso seria demagogia e que não poderia se comprometer com tal promessa. Manoel foi firme ao contrapor o petista: “O candidato não diz que não vai aumentar porque não tem coragem de enfrentar os empresários do transporte, está comprometido com eles”.

Durante as considerações finais, Manoel de Assis fez um chamado a todos os trabalhadores para que nestas eleições apoiassem e votassem numa alternativa socialista. O debate serviu para demonstrar quem está realmente do lado dos assalariados de Maceió.