Luiz Carlos Prates (Mancha), de São José dos Campos (SP)

Luiz Carlos Prates (Mancha)

As palavras do Bolsonaro em rede nacional, em transmissão paga com dinheiro público (portanto, do povo) na noite desta terça-feira, assustaram e deixaram muitos indignados dentro e fora do país. Diante da grave pandemia de coronavírus, ele praticamente decretou a morte, especialmente dos idosos brasileiros.

Repetiu o que vem falando há alguns dias, de que na Itália o número de mortes é maior porque lá tem muito idoso. O mesmo disse sobre Copacabana, no Rio, onde também moram muitos idosos. Para Bolsonaro, não é preciso salvar vidas, muito menos de idosos. Para ele, pode se exterminar os idosos, os mais vulneráveis. O importante é fazer o sistema “andar”. Hoje, nos EUA, seu chefe Donald Trump foi na mesma linha. Este é o pensamento da ultradireita, na contramão da OMS, que está prevendo que os EUA devem se transformar no novo centro da pandemia mundial.

Para eles, os idosos são gastos para o Estado. São cerca de 35 milhões de aposentados e pensionistas no país, a maioria com mais de 60 anos. Em 2018, segundo o IBGE, a parcela da população com mais de 65 anos era de 10,5%, mas esse percentual vem crescendo e alcançará 15% em 2034 e 25,5% em 2060. As despesas do governo com o BPC (Benefício de Prestação Continuada) cresceram de R$ 6 bilhões em 2004 para R$ 53,8 bilhões em 2018, mostrando que há uma crescente demanda dos idosos em situação de penúria pelo benefício.

É uma política consciente. É a expressão da barbárie capitalista! É preciso deter este sistema. Os trabalhadores precisam ocupar seu lugar nesta luta. Vamos ficar em casa, não trabalha, parar o país. O capitalismo é irracional. Um sistema que não garante a vida de crianças e mais velhos é que merece morrer! Fora Bolsonaro e Mourão!