No dia 22 de março, representantes de diversos setores do movimento sindical brasileiro, contrários à reforma Sindical proposta pelo governo, reuniram-se em São Paulo para discutir as bases de uma ação unitária para impedir a implementação da reforma. Os resultados causaram bastante otimismo entre os participantes. Várias ações conjuntas foram tomadas (ver editorial). O Opinião Socialista conversou com alguns desses sindicalistas e perguntou sobre as suas expectativas em relação à luta contra a reforma. Veja abaixo as declarações.
A reunião do dia 22 foi importantíssima para juntar os diversos setores do movimento sindical que estão contra a reforma. Significou um salto na luta para barrar esse projeto que significa um pesado ataque contra os direitos sindicais e trabalhistas.
Na minha opinião, a proposta deve ser rejeitada de conjunto. É evidente que existe alguma coisa de positivo no interior da reforma. Mas o movimento sindical não pode se perder nesses aspectos, já que, de conjunto, a proposta é neoliberal e joga contra os trabalhadores. Agora, é preciso levar esta discussão para a base dos sindicatos e organizar uma grande Marcha a Brasília.
Wagner Gomes
Vice-Presidente da CUT e membro da Corrente Sindical Classista (CSC)
A proposta de reforma atende simplesmente à vontade da cúpula de duas Centrais, a CUT e a Força Sindical. O governo só abriu discussão com a Frente Nacional do Trabalho e com a patronal. Durante todo esse processo, o FST levou este debate para inúmeras conferências e fóruns. A proposta foi derrotada em todos eles. Também começamos a organizar a resistência país afora. Neste processo, também surgiu a Conlutas, que vem somar na luta contra a reforma.
José Carlos Perret Schulte
Secretário-Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC) e representante do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST)
Post author
Publication Date