Estudantes de Porto Alegre vão às ruas da cidade e enfrentam forte repressão da Brigada MilitarEstudantes de Porto Alegre vão às ruas da cidade e enfrentam forte repressão da Brigada Militar

Como se não bastassem todas as dificuldades sofridas pelos estudantes, trabalhadores e desempregados de Porto Alegre para usar o transporte público, a prefeitura de José Fogaça (PMDB) impôs mais um duro ataque às condições de vida da população. Em janeiro, o prefeito autorizou um substancial aumento da tarifa, que passou de R$ 2,10 para R$ 2,30.

A população, porém, não aceitou esse roubo calada. Os atos foram em série, em manifestações marcadas por ações truculentas da Polícia Militar. Durante um dos atos, no dia 27 de janeiro, agrediu violentamente muitos estudantes e até mesmo a população que observava, causando grande indignação. Seis estudantes foram detidos.
Infelizmente, essa postura repressiva da polícia da governadora Yeda Crusius (PSDB), desta vez a serviço da prefeitura, tem sido freqüente contra os movimentos sociais.

A luta se fortalece
Os estudantes encabeçaram essa luta e, junto com sindicatos aliados, promoveram colagens, pichações e uma série de manifestações, com o objetivo de tornar pública a sua indignação e fazer crescer esse movimento.

Tudo aconteceu sem a União Metropolitana dos Estudantes de Porto Alegre (Umespa). Esta, além de não mover uma palha nas mobilizações, tem cadeira garantida no conselho de transporte, onde vota a favor de aumentos. A UNE também não apareceu para estar ao lado dos estudantes contra os empresários.

Mas nem a traição da UNE e da Umespa nem a dura postura repressiva da polícia impediram o movimento estudantil de mostrar sua força. A luta contra o aumento da passagem segue, exigindo ainda o passe-livre para estudantes e desempregados.

Post author Jéssica Nucci, do Porto Alegre (RS)
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