Após o ato, operários decidiram em assembleia manter a greve, que já dura 10 diasCerca de 2 mil operários da construção civil de Fortaleza tomaram as ruas da cidade em um ato nacional de apoio à greve da categoria e contra as demissões nas obras do PAC. Os operários da construção civil estão de braços cruzados há dez dias com adesão de 80% dos canteiros à greve. Os trabalhadores mostraram sua indignação contra as péssimas condições de trabalho não somente em Fortaleza, mas em diversas regiões do país, a exemplo das recentes mobilizações nas obras em Jirau, Suape, em Portos no Rio de Janeiro entre outros.

Durante o ato foram lidas moções em solidariedade à greve dos trabalhadores pelo Sindicato dos Gráficos, SINTRO, Confecção Feminina, Andes, Judiciários Estaduais, Sinprece, Sintect, com destaque para a CONTRICON (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Construção Civil) que também manifestou o seu apoio à paralisação.

A CSP-Conlutas esteve presente na manifestação representada pelo membro da executiva nacional, Atnágoras Lopes, que falou sobre a importância da mobilização dos trabalhadores. “Há um levante nos canteiros de obras por todo o país contra as péssimas condições de trabalho e baixíssimos salários. O governo e os grandes empreiteiros querem fazer bonito e lucrar muito com a Copa e as Olimpíadas, mas às custas da superexploração dos trabalhadores. Assim como nas negociações com o governo seguimos com a nossa pauta por salários e condições dignas de trabalho e contra as demissões”, salientou.

Também participaram do ato partidos políticos como PSTU e PCB. As demais centrais sindicais foram convidadas, mas não compareceram. Ao final da manifestação os trabalhadores da construção civil votaram pela continuidade da greve.

Também em Belém, os trabalhadores prometem paralisação para amanhã em memória às vítimas de doenças e acidentes de trabalho e contra as políticas de arrocho impostas pelo atual governo.