A onda de privatizações no país colocou na mira até o histórico estádio do Maracanã, que está sendo vendido a preço de banana em um processo arbitrário e cheio de irregularidades.
O estádio, que será palco da final da Copa do Mundo de 2014, vai ser administrado por 35 anos por um consórcio privado formado pela construtora Odebrecht, a empresa de marketing esportivo IMX, de Eike Batista, e a norte-americana AEG, que atua no setor de entretenimento. A idéia é transformar um espaço público que serve à população em mais um Shopping Center, que garantirá grandes lucros aos empresários.
A falcatrua em torno da privatização fez com que o Ministério Público suspendesse a assinatura do contrato um dia depois do anúncio do vencedor da licitação. Mas o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acabou derrubando a liminar.
As reformas do estádio, realizadas na última década, custaram quase R$ 1,3 bilhões. Agora, o governo de Sergio Cabral (PMDB), aliado de Dilma, quer entregar o patrimônio público à iniciativa privada que não investiu um centavo sequer no estádio. Eike Batista vai pagar R$ 231 milhões em parcelas de R$ 7 milhões ao ano por 35 anos. E nos primeiros dois anos ele não vai pagar nada. Ou seja, vai pagar só 18% do gasto público com a reforma. É claro que o empresário vai agradecer ao PT e PMDB financiando suas campanhas eleitorais.  
O Maracá é nosso, não pode ser privatizado.

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