A esquerda da CUT e o P-SOL, durante a organização da marcha, tinham garantido a presença do Movimento dos Sem-Terra (MST) no ato do dia 25. Não levaram em consideração que o MST está participando do grupo de trabalho que discute a reforma Universitária junto com o governo.
Agora, os companheiros do MST e da Via Campesina decidiram não participar da marcha a Brasília. Estão anunciando a realização de uma outra manifestação organizada pela Via Campesina, também em Brasília, também no dia 25 (que, segundo eles, já estava marcada antes). Infelizmente, da forma como as coisas estão sendo encaminhadas, vão existir duas manifestações políticas em Brasília no dia 25.
Nós acreditamos que seria muito importante a unificação dessas atividades.
Acreditamos que o apoio do MST ao governo Lula conduz a uma posição equivocada diante da reforma Universitária, e explica a decisão dos companheiros de evitar a unificação das atividades. Achamos, também, que foi equivocada a posição da esquerda da CUT e do P-SOL de garantir o que não estava garantido, o que gerou a possibilidade de dois atos separados no mesmo dia. Isso não era, de forma nenhuma, nossa intenção. As diferenças que temos com o MST não nos levam a deixar de respeitar os companheiros por sua luta pela terra, e de buscar a unidade na luta contra as reformas neoliberais implementadas pelo governo.
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