Entre os dias 13 e 16 de outubro, ocorreu em Brasília o Congresso do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional), que abrange os professores e técnicos administrativos dos Cefet´s, Escolas Técnicas, Agro-técnicas, Colégios militares e o Pedro II, no Rio. Com 214 delegados e 50 observadores de todo o país, o congresso elegeu uma nova direção, em que a chapa da Conlutas foi vitoriosa. Entrevistamos William do Nascimento Carvalho, um dos coordenadores gerais da entidade para falar sobre o congresso.

Opinião Socialista: Quais os debates mais importantes que ocorreram no Congresso?

William Nascimento: O congresso discutiu centralmente o novo rumo e a nova direção para a classe trabalhadora brasileira, que é a Conlutas. Isso depois se concretizou na formação das chapas que disputavam a direção da entidade. Além disso, se discutiu a greve e o plano de carreira da categoria. É importante ressaltar também que no dia 14 fizemos uma ocupação do 80 andar do MEC (Ministério da Educação), onde fica o gabinete do ministro, exigindo a abertura das reivindicações.

Como se deu e qual o resultado da discussão sobre a nova direção da entidade?

William – Ao final, se formou uma chapa claramente favorável à Conlutas e outra que se esquivava o tempo inteiro do debate, embora no último congresso de novembro de 2004 defendesse a manutenção da filiação à CUT. O resultado final foi que a chapa da Conlutas obteve 65% dos votos e a outra 35%, mudando a correlação de forças na entidade.

Quais conclusões que podemos tirar desse resultado?

William – Veja, todo o debate foi feito na base. Assim, podemos dizer que a nossa categoria já concluiu que a CUT não serve mais como instrumento de luta e que a Conlutas é a nova alternativa de direção.
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