A vitória do Não no referendo com 63,9% (quase dois terços dos votos) foi uma derrota do governo, do Congresso e da estratégia imperialista de desarmamento dos povos dos países subdesenvolvidos.

Depois da vitória contundente do Não, todos os derrotados tentam minimizar a derrota, ou atribuí-la a outros. O governo nega que tenha sido derrotado, a oposição de direita diz que só o governo foi derrotado, a esquerda parlamentar atribui tudo a uma “vitória da direita”.

Mas a verdade é que o povo votou contra todos eles. Os principais partidos (PT, PSDB, PFL, PMDB, PDT, PCdoB), os principais candidatos as eleições presidenciais de 2006 (Lula, Alckmin, Serra, Garotinho, Aécio Neves), todos os representantes do imperialismo (incluindo os principais jornais de EUA, Inglaterra e França), a Igreja Católica (assim como as evangélicas), a Rede Globo e seu elenco de artistas, as ONGs mais ricas e atuantes, e os institutos de pesquisa, que fraudaram descaradamente as intenções de votos. A eles se somaram os representantes da esquerda reformista (não só o PT e o PCdoB, mas também a maioria dos parlamentares do P-SOL), as direções da CUT, UNE e MST. Em suma, a maioria da burguesia, dos partidos reformistas de esquerda, se uniram em uma campanha política e foram derrotados.

Foi um voto contra “tudo que está aí”, contra o governo, mas também contra o regime democrático-burguês, que realiza eleições a cada dois anos, mas não resolve os problemas da população como a violência e a criminalidade.

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