Hoje, tanto a burguesia como o governo falam da crise para atacar as lutas dos trabalhadores por aumentos salariais. Nessas campanhas salariais, é provável que este discurso seja reproduzido pela CUT e a Força Sindical. Essas centrais já estavam em campanha por um “pacto social” contra a “desindustrialização”, que deixava de lado as lutas salariais. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC está falando da crise e tentando evitar a luta dos metalúrgicos por aumentos salariais.

É necessário combater essa posição. Hoje a economia brasileira não está em crise. Continua crescendo e deve continuar assim, ao menos até o fim do ano, com a burguesia tendo lucros gigantescos. “A economia cresceu, o trabalhador quer o seu”. Esse é o slogan da CSP-Conlutas nas campanhas salariais. Ou seja, os metalúrgicos, bancários, petroleiros, trabalhadores dos correios, funcionários públicos e outras categorias em campanha devem articular suas greves para conseguir a reposição da inflação e conquistar aumentos reais.

Mas, com o agravamento da crise mundial, é provável que o Brasil seja afetado.
Dilma já aplica um programa para defender os empresários dos efeitos da crise. Os trabalhadores precisam ter um plano de oposição a essa política econômica, exigindo aumentos salariais. Oposição também para evitar que a crise chegue ao país.

Que os ricos paguem pela crise!
Foram as grandes empresas que a criaram e elas devem pagar seus custos. Três medidas podem sintetizar esse plano. A primeira é o não pagamento da dívida pública, e despejar todo esse dinheiro na economia, por meio de um plano de obras públicas. Não pagar a dívida para evitar os cortes sociais feitos por Dilma.

A segunda medida é a estatização do sistema financeiro, que possibilitaria financiar os planos econômicos necessários ao país. Possibilitaria, também, o perdão às dívidas dos trabalhadores com os bancos, que serão dramáticas em um cenário de crise.
A terceira medida seria a garantia de emprego aos trabalhadores.
É preciso evitar a crise ou enfrentá-la com um plano em defesa dos trabalhadores e não da burguesia, como está fazendo o governo.

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