Manifestantes fecham a Anhanguera em defesa de moradia

Prefeito de Osasco, Jorge Lapas (PT), age como Alckmin no Pinheirinho

Há cerca de dois anos, aconteceu na cidade de São José dos Campos (SP) um violento despejo que poderia ter sido evitado com um postura sensível por parte da Prefeitura (PSDB) em atender a justa e legítima demanda habitacional das milhares de pessoas que viviam na ocupação que se chamava Pinheirinho. Hoje,  a cidade de Osasco está prestes a ver uma tragédia semelhante.
 
Há mais de 6 meses, centenas de famílias lutam e se organizam buscando uma solução digna para o problema da moradia, enquanto a Prefeitura desta cidade (PT) finge que não tem responsabilidade alguma sobre os fatos que estão prestes a ocorrer.
 
A Ocupação Esperança reúne centenas de famílias em um terreno da zona norte de Osasco, localizado em um bairro chamado Três Montanhas. Desde agosto do ano passado, essas famílias – com a colaboração do Movimento Luta Popular – se esforçam de todas as maneiras para conquistar um pedaço de chão onde possam criar seus filhos. 
 
Tudo que estava ao alcance dos moradores já foi feito: uma série de reuniões com órgãos da Prefeitura, manifestações na Câmara de Vereadores, vários ofícios protocolados pedindo respostas do governo municipal, reunião em Brasília com o Ministério das Cidades, cadastramento das famílias, um laudo técnico indicando a viabilidade do terreno ocupado ser transformado em ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) e inclusive a apresentação de outras opções de terreno para a Prefeitura analisar a possibilidade de utilizar para a moradia popular.  
 
O prefeito de Osasco, Jorge Lapas (PT), se mantém em silêncio. Tal como o prefeito de São José dos Campos, espera de forma passiva e omissa que outra tragédia se abata sobre trabalhadores e trabalhadoras que precisam ter onde morar. Espera os feridos, os desabrigados, o sofrimento de quem precisa do auxílio do Estado para realizar e garantir direitos básicos.  
 
Este silêncio será quebrado pela voz dos que lutam, dos que não sairão do terreno sem lutar até o último instante, de quem irá resistir a tudo o quanto for preciso.  
 
A ocupação Esperança conta agora com um prazo um de 30 dias que já corre desde o dia 14 de março. Estaremos com estes lutadores em cada um destes dias.  
 
Nós, movimentos sociais, organizações, sindicatos, coletivos, declaramos nosso apoio à Ocupação Esperança e exigimos um posicionamento da Prefeitura para resolver esse escancarado problema habitacional, e evitar uma tragédia como foi a do Pinheirinho.  
 
Exigimos que o Prefeito Jorge Lapas se posicione e resolva o problema habitacional dessas famílias!  
 
Quando morar é um privilégio, ocupar é um dever!