Desde o início do governo Lula, a União Nacional dos Estudantes abandonou suas bandeiras históricas para assumir a defesa incondicional do governo e do mais audacioso ataque à universidade pública: a Reforma Universitária. Hoje, a UNE é uma filial do MEC no movimento estudantil e morreu para a luta dos estudantes.
Em contrapartida, o movimento estudantil combativo tem dado uma série de demonstrações de que continua vivo, firme e forte e atropelando a UNE. Esse novo movimento estudantil precisa se expressar em uma nova organização nacional dos estudantes.

No início de 2008, mais de cem estudantes representando dezenas de entidades se reuniram no Rio de Janeiro para começar o debate acerca dos rumos do movimento estudantil e da necessidade de uma nova entidade nacional dos estudantes. A reunião, convocada por DCEs, Centros Acadêmicos e Executivas de Curso, tinha como objetivo começar a organizar um debate que há muito vinha sendo realizado nas assembléias, congressos estudantis e encontros de área: como organizar o movimento estudantil nacionalmente, depois da falência da UNE, como instrumento de luta?
O processo de acúmulo em torno a este questionamento poderá avançar ainda mais no próximo período. Uma reunião em Brasília, dando continuidade à reunião do Rio, voltou a debater o tema e aprovou a construção de um Encontro Nacional dos Estudantes, atendendo ao chamado da Executiva Nacional dos Estudantes de Letras e dos DCEs da UFSC e da UEM.

O encontro será realizado no dia 2 de julho em Minas Gerais. O objetivo é construir um encontro nacional que possa debater e avançar em propostas para as nossas lutas. Além disso, o encontro deverá servir para que avancemos ainda mais no debate sobre uma nova organização nacional dos estudantes. Poderemos discutir a concepção de uma nova organização, seu funcionamento, como garantir a democracia e o controle das bases, sua relação com a luta dos trabalhadores, sua independência diante dos governos e autonomia em relação aos partidos, sua estratégia para a luta, entre outros assuntos. Isso é fundamental para que essa nova organização seja fruto de um amplo processo de debate e construção, no qual todos possam opinar e decidir.

Por isso, consideramos esse espaço fundamental para que possamos avançar na construção de uma nova ferramenta de luta, que reflita um novo movimento estudantil, democrático, controlado pelas bases, combativo e unido à luta com os trabalhadores. Todos ao Encontro Nacional de Estudantes!

Post author Leandro Soto, da direção nacional de juventude do PSTU
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