Servidores vão a Brasília pressionar o governo

Categoria levará milhares à capital federal e contará com o apoio dos estudantes, também em greve nacional, e vários outros setores dos trabalhadores que também vão se incorporar à marcha nacionalEsta semana vai completar um mês da deflagração da greve unificada dos servidores federais e quase dois meses desde o início da greve dos docentes nas universidades federais. O movimento conta também com o apoio do movimento estudantil, que está em greve contra a precarização e as péssimas condições nas universidades, fruto da política desastrada do Reuni. Essa política, imposta pelo ex-ministro, Fernando Haddad, em nada melhorou as condições das universidades brasileiras, mas este, com a maior cara-de-pau, é hoje candidato a prefeitura de São Paulo, pelo PT.

Corte de ponto
O governo Dilma, além de não apresentar nenhuma contra proposta para os servidores federais, nesta semana, decretou o corte de ponto dos grevistas, por meio de uma orientação expedida pelo Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Ocorre que essa mediada provocou ainda mais indignação entre os servidores que prometem aprofundar a mobilização e construir poderosas manifestações nos estados e em Brasília.

Várias atividades estão previstas para os estados nesta semana. Mas, de acordo com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Federais, o ápice das mobilizações vai acontecer na semana de 16 ao dia 20 de julho, com uma série de manifestações em Brasília, iniciando por um acampamento em plena Esplanada dos Ministérios, na segunda-feira (16).

Nesse mesmo dia, pelo menos dois mil trabalhadores vão ocupar o gramado no Plano Piloto e instalar suas barracas para chamar a atenção do povo brasileiro sobre a verdadeira política do governo Dilma para os serviços públicos. Vão denunciar que o gasto com o pagamento da dívida pública (agiotas e especuladores do mercado financeiro) pode chegar à 47% do PIB, enquanto que o reajuste proposto pelos servidores (22,08%) não atinge nem o percentual de 3% do PIB. Vão provar que esse não é um governo dos trabalhadores mas, verdadeiramente, um governo de banqueiros, grandes empresários e subserviente aos interesses imperialistas.

Dentro das atividades da semana, o dia 18 de julho promete estabelecer uma ampla unidade dos trabalhadores em uma Grande Marcha à Brasília, que vai envolver não só as organizações dos servidores públicos federais e a juventude, mas também amplos setores da classe trabalhadora.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, por exemplo, pretende levar três ônibus à Brasília para se somar aos servidores na luta contra as alterações no sistema previdenciário (fórmula 85-95). Da mesma forma, operários da construção civil, profissionais da educação estaduais, movimento popular, além de outros setores, também se mobilizam para essa atividade. A CSP-Conlutas está definitivamente engajada na construção desse processo e vem orientando suas entidades filiadas à somarem-se nessa grande marcha de todos os trabalhadores brasileiros.

A hora é agora!
Essa é a hora de fortalecer a luta dos servidores federais e exigir do governo o atendimento das reivindicações do funcionalismo, avançar na luta contra a precarização da educação em nosso país, o desmonte do serviço público e as mudanças na Previdência que só beneficiam os interesses privados e aumentam ainda mais os lucros da burguesia em nosso país.

  • Todos a Brasília no dia 18 de julho!
  • Todo apoio à greve dos servidores federais!
  • Chega de enrolação. Negocia, Dilma!