Redação

André Freire

O PSTU se fortaleceu em 2011 como alternativa para os trabalhadores e a juventude que querem lutar contra o capitalismo e pelo socialismo.
Em nível internacional, vimos o aprofundamento da crise da economia capitalista, especialmente na Europa e nos EUA e, por outro lado, o crescimento das lutas dos trabalhadores contra os planos de ajustes.

Vimos, também, eclodir as revoluções no mundo árabe contra as ditaduras e a opressão imperialista.

No Haiti, segue a heróica luta de seu povo pela retirada das tropas da ONU. Também na América Latina assistimos a retomada das mobilizações, especialmente com a juventude no Chile e, agora, na Colômbia.

O PSTU, como parte da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI), esteve na linha de frente do apoio as essas lutas e revoluções, concretizando um dos princípios do partido: o internacionalismo proletário.

Realizamos campanhas políticas de solidariedade, que divulgaram a importância destas lutas. Nossos militantes foram parte de delegações internacionais da CSP-Conlutas e da Anel e buscaram estabelecer uma ação internacional e coordenada das lutas.

Presença nas lutas operárias
E, no Brasil, mesmo vivendo ainda em uma situação de relativo crescimento econômico e de apoio majoritário ao governo Dilma, vimos que os trabalhadores e a juventude foram às lutas contra as desigualdades sociais impostas pela política econômica dos governos do PT. O destaque ficou para as greves na classe operária, como a dos metalúrgicos, os operários da construção civil e nos petroleiros.

Nenhuma confiança no governo
A forte presença da militância do partido na maioria destas lutas é uma marca fundamental de nossa organização revolucionária. Mas, em cada uma destas lutas, buscamos dialogar com os trabalhadores explicando que, para conquistar suas reivindicações, sempre será necessário apostar na força da nossa luta e organização, sem nenhuma confiança nos patrões e em qualquer governo.

Especialmente, neste primeiro ano de governo Dilma, buscamos demonstrar aos trabalhadores que o atual governo do PT, assim como o anterior, de Lula, governa para atender aos interesses dos grandes empresários, como podemos ver com a destinação de quase metade do orçamento para pagar os juros e amortizações da dívida pública.

Foi com este perfil, de luta, socialista, internacionalista e de oposição de esquerda aos governos de conciliação de classes do PT, que vimos crescer a influência do partido entre importantes setores da classe trabalhadora e da juventude, e um aumento significativo no número de militantes que ingressaram em nossa organização, especialmente na classe operária.

Nosso congresso e os desafios para 2012
Em outubro, realizamos o nosso 7° Congresso Nacional, marcado pelo intenso debate político. Vários documentos foram escritos pela militância, muitos polêmicos entre si, e, com muita dedicação militante e elaboração coletiva, chegamos, ao final, às resoluções que buscam armar e fortalecer a nossa organização para os desafios do próximo período.

Nosso congresso reafirmou a luta por ampliar a inserção da organização na classe operária e definiu a tarefa estratégica de fortalecer nosso trabalho político, dando um salto em nossas campanhas e, principalmente, no trabalho político cotidiano como partido revolucionário, através de nossas atividades de agitação e propaganda.
Definiu também tornar uma prioridade da nossa organização: a luta contra todas as formas de opressão, contra mulheres, negros (as) e LGBTs. Para seguir essa discussão estratégica, vamos realizar, já em março de 2012, o 5° Encontro Nacional das Mulheres do partido.

Outra tarefa fundamental será a busca permanente por apoiar e desenvolver a organização de base dos trabalhadores, especialmente nos locais de trabalho.
Em 2012, novamente teremos intervenção em importantes acontecimentos políticos, como greves e mobilizações, principalmente nas campanhas salariais, e a realização do primeiro congresso da CSP-Conlutas, entidade que vem se fortalecendo como principal pólo alternativo, democrático e de luta contra a traição das centrais sindicais governistas.

Também vamos participar com nossos candidatos, nas eleições, lutando pela independência política da classe trabalhadora.

Em cada atividade, vamos participar com estes objetivos: ampliar nossa inserção política na classe operária, fortalecer nossa atuação como partido político revolucionário, reafirmar nosso perfil contra todas as opressões e apoiar a luta pela organização independente dos trabalhadores.

Será com esta disposição que esperamos, em 2012, darmos passos ainda mais significativos na construção do PSTU como organização socialista e revolucionária. Junte-se a nós nesta luta!
Post author André Freire, da Direção Nacional do PSTU
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