Em Belo Horizonte, ocorreu na sexta-feira, 26/05, a Plenária Sindical e Popular de apresentação da pré-candidatura de Zé Maria (PSTU) a vice-presidente da República. O ato foi mais uma demonstração de apoio à formação da Frente Classista, que una PSOL, PSTU e PCB, como alternativa dos trabalhadores nas eleições deste ano.
Na plenária, participaram o PSTU, diversas categorias, como metalúrgicos da capital e do interior de Minas Gerais, professores, bancários, estudantes. Os companheiros do PSOL de Minas Gerais também estiveram presentes, entre eles dirigentes do Movimento Terra e Liberdade (MTL).
A frente está ameaçada, pois a direção nacional do PSOL hesita em formar a Frente Classista e aprova candidatos próprios. Em Minas Gerais, no entanto, há muitos que defendem a frente no interior do PSOL. Segundo o dirigente Zé Raimundo, do MTL, “no estado o PSOL já deliberou na direção pela participação na frente classista, sem partidos burgueses”. Segundo ele, a frente classista é importante porque “vai colocar na ordem do dia que existe uma alternativa de esquerda e socialista para os trabalhadores, que não concilia com os patrões e com o governo”.
Zé Maria falou sobre a falsa polarização entre PT e PSDB e sobre o programa que uma frente dos trabalhadores deve apresentar, incluindo o não pagamento da dívida externa, a elevação do salário mínimo, a anulação da reforma da Previdência e das privatizações. O pré-candidato também afirmou que o programa e candidaturas dessa frente devem ser debatidos democraticamente pelos partidos e ativistas.
Segunda Vanessa Portugal, professora e dirigente regional do PSTU, “não é possível que a experiência com o governo Lula tenha servido apenas para desanimar a classe trabalhadora. Ela precisa tirar uma lição disso, e essa lição é que somente os trabalhadores podem conquistar sua própria libertação”.
Vanessa também lembrou que este mês de maio é histórico: pelo Conat (Congresso Nacional dos Trabalhadores), que aconteceu de 05 a 07, em Sumaré, e fundou a Conlutas como nova entidade que une movimento sindical e popular; e também pelo movimento de parte da esquerda em apoio à frente classista, socialista e anticapitalista para as eleições.