Ato nacional em São Paulo reúne mais de 6 mil
A capital paulista abrigou o principal ato do dia 30, que começou logo cedo, em frente à sede da Fiesp, na avenida Paulista. O protesto contou com cerca de 6 mil pessoas de várias categorias, movimentos, sindicatos e centrais sindicais, da capital e de cidades do interior.

Apesar do cansaço – grande parte dos ativistas já havia participado de manifestações ainda na madrugada –, o ânimo deu a tônica do protesto.
O protesto seguiu rumo à avenida Consolação, parando em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal. Na coluna da Conlutas, uma das maiores e mais animadas do ato, a luta contra as demissões e pela reestatização da Embraer era uma das principais bandeiras. “Parou, parou, demitiu, reestatizou”, era a palavra-de-ordem.
A manifestação terminou em frente ao Teatro Municipal, no centro da cidade.

Em São José dos Campos, passeata na GM reúne 2 mil
Cerca de 2 mil trabalhadores da General Motors de São José dos Campos participaram, na madrugada da segunda-feira, de uma manifestação que abriu os protestos.
O ato foi organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos, filiado à Conlutas. Os trabalhadores fizeram uma passeata que percorreu aproximadamente dois quilômetros. Com faixas e bandeiras, os operários protestaram contra as 802 demissões realizadas pela montadora no começo do ano e a ameaça de novos cortes. O ato bloqueou a avenida General Motors, acesso à fábrica paralelo à Via Dutra.

Protesto agita o centro do Rio
No Rio de Janeiro, cerca de três mil trabalhadores, estudantes e ativistas de movimentos populares tomaram a avenida Rio Branco. O principal eixo foi o repúdio às demissões e à retirada de direitos, além de contra a política econômica de Lula. A juventude ainda incorporou a luta contra o projeto de lei que restringe a meia-entrada em cinemas, teatros e ginásios esportivos.

A passeata partiu da Candelária, no centro, seguiu pela avenida Rio Branco e terminou entre os prédios do BNDES e da Petrobras, já ao anoitecer. O local foi escolhido estrategicamente para exigir a reestatização da petroleira e denunciar o auxílio do banco público aos grandes capitalistas, sem nenhuma garantia de manutenção dos postos de trabalho.

Em Porto Alegre, mais de 3 mil vão às ruas
Altemir Coser, de Porto Alegre (RS)

Os dois eixos da mobilização gaúcha foram: os trabalhadores não devem pagar pela crise e o Fora Yeda [Yeda Crusius, governadora do estado pelo PSDB].
Houve várias concentrações e todas tiveram destino final na praça da Matriz, em frente ao Palácio do Governo. A maior delas foi a que aconteceu em frente à sede da Gerdau. Contou com uma forte participação da base estadual do CPERS, uma coluna do MST e outros setores da Via Campesina, além de outros setores do movimento sindical e popular.

“Lula já deu R$ 160 bilhões aos bancos, mas para os trabalhadores não fez nada para evitar as demissões”, denunciou Júlio Flores, do PSTU, que exigiu ainda do governo uma medida provisória garantindo a estabilidade no emprego. O ato final ocorreu no Palácio Piratini e contou com quase mil estudantes, principalmente secundaristas.

Ato em Brasília reúne mil
Na capital federal, mil pessoas protestaram em frente ao Banco Central. Depois, os manifestantes, com faixas e bandeiras, foram em passeata à Esplanada dos Ministérios e encerraram a atividade em frente ao Supremo Tribunal Federal.
Participaram da manifestação Conlutas, Força Sindical, CTB, CGTB, NCST, Intersindical e CUT, além de sindicatos e movimentos sociais e populares.

Em Recife, ato reivindica estabilidade
Guilherme Fonseca, de Recife (PE)

O ato em Recife ocorreu pela manhã e foi organizado por Conlutas, CUT, CTB, MST e outras centrais. Reuniu cerca de 400 pessoas em frente à Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). De lá, os manifestantes seguiram em passeata até o palácio do governo estadual.

Um documento foi entregue reivindicando estabilidade no emprego, redução dos juros, redução da jornada sem redução de salários e direitos, reforma agrária e defesa do serviço público, entre outras reivindicações. A coluna da Conlutas foi representativa e reuniu 120 pessoas.

Em Fortaleza, operários param 7 canteiros de obras
Giambatista Brito, de Fortaleza (CE)

Mais de 700 trabalhadores de sete canteiros de obras atrasaram em duas horas a jornada de trabalho em Fortaleza. A mobilização ocorreu no Papicu, um dos bairros nobres da cidade, e fez parte da campanha salarial da construção civil e do dia nacional de mobilização.

A paralisação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, filiado à Conlutas, e contou com o apoio do Sindicato das Trabalhadoras da Confecção Feminina, da oposição rodoviária, da oposição Sindiute e de militantes do PSTU.

Cerca de 1.500 pessoas marcharam em Belém
Wellington Macedo e Gilberto Marques, de Belém (PA)

Na capital paraense, o protesto teve participação de trabalhadores da construção civil, servidores públicos municipais e estaduais, estudantes e outros ativistas. Cerca de 1.500 pessoas estiveram na marcha que saiu às 10h do Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN), percorrendo as ruas de Belém e terminando em frente à prefeitura.
A Conlutas teve grande presença no ato. Outras entidades também participaram: Intersindical, CUT, MST, DCE-UEPA, DCE-UFRA, Sindsaúde, Sindicato da Construção Civil e outros.

São Luís: fechamento de campus e passeata
Eloy Nascimento, de São Luis (MA)

O protesto começou pela manhã com uma manifestação em frente ao campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) na rodovia que dá acesso à cidade. Professores, estudantes e militantes de várias categorias participaram da atividade organizada por Conlutas, CUT e CTB.
A entrada do campus foi bloqueada pelos manifestantes e houve lentidão no trânsito.

Conlutas faz ato na prefeitura em Macapá
Clodoaldo Rodrigues, de Macapá (AP)

Com forte presença de vigilantes, rodoviários, professores da universidade e da oposição estadual na educação, além de populares e estudantes, o ato da Conlutas reuniu cerca de 100 pessoas em frente à prefeitura. Apesar do convite à CUT, a Conlutas foi a única central presente.

Maceió: ativistas contra os efeitos da crise
João Paulo da Silva, de Maceió (AL)

Na tarde do dia 30, cerca de 100 ativistas protestaram contra os efeitos da crise econômica mundial e em defesa dos direitos dos trabalhadores. O ato ocorreu no Calçadão do Comércio, no centro de Maceió. Participaram da manifestação Conlutas, CTB, PSTU, PCR, DCE-UFAL e sindicatos. A CUT, que chegou a divulgar uma nota nos jornais, não compareceu ao protesto.

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