Em Manaus, os professores da rede municipal foram mais uma vez às ruas para barrar a aprovação do Plano de Carreira que rebaixa salários, retira direitos históricos e ataca a organização sindical da categoria. O Plano seria votado no dia 3 de maio, mas foi, mais uma vez, adiado. A medida da prefeitura conta com o apoio da diretoria do Sindicato (Sinteam), ligada ao PCdoB, partido da base de sustentação do prefeito Serafim Correa,
Após uma manifestação em frente à Câmara Municipal, os professores fizeram uma Assembléia e decidiram por uma paralisação didática para o dia 9 de maio, pela retirada do Plano e abertura imediata de discussão com a categoria.
Os professores que reivindicam a Conlutas e militantes do PSTU têm participado das manifestações. A proposta da Conlutas é que o dia 9, além dos objetivos específicos da categoria, também sirva também para impulsionar a jornada de lutas do dia 23 de maio contra as reformas neoliberais do governo Lula.
Há dois meses que o prefeito e a diretoria do sindicato tentam aprovar o plano, sem discutir com a categoria. Conseguiram, inclusive, aprovar a retirada de um item da Lei Orgânica do Município para facilitar o ataque aos direitos dos trabalhadores em educação. Apesar do governo municipal ter maioria na câmara, entretanto, a votação tem sido adiada consecutivamente ante a mobilização da categoria.
Agora, o movimento caminha para um confronto decisivo e vai precisar de toda solidariedade política para sustentar sua luta.