Paralisação de 24 horas também exige cancelamento do 70 leilãoO dia 17 de outubro será o Dia Internacional de Luta pela Nacionalização sem Indenização dos Hidrocarbonetos (derivados de gás e petróleo), com manifestações em toda a América Latina. Também ocorrerão manifestações, fundamentalmente no Rio de Janeiro, contra o 70 leilão das reservas petrolíferas (veja página 12). Em razão do leilão e da campanha salarial, os petroleiros vão parar por 24 horas. A proposta da data e da greve foi feita pela Conlutas e pelo BASE (Bloco Alternativa Sindical de Esquerda). A Federação Única dos Petroleiros (FUP), dirigida pelos governistas da Articulação e do PCdoB, negava-se a assumir a proposta, pois apostava suas fichas nas negociações com a empresa.

As propostas da empresa foram rebaixadas. A Petrobras suspendeu as negociações e apresentou uma contraproposta de reposição salarial de 4,89%. Quer dizer, nada em relação ao aumento real e às perdas salariais da categoria. Sendo assim, não restou alternativa à FUP, a não ser ir mais longe do que queria, assumir o dia 17 e chamar a paralisação.

Os petroleiros contudo não podem ter nenhuma confiança na FUP. Mais do que nunca, “a FUP não fala em nome dos petroleiros“. A categoria deve organizar um Comando Nacional de Mobilização ou um Encontro Nacional Petroleiro, com delegados eleitos na base, que conduzam a campanha salarial e acabem com o divisionismo imposto pela entidade governista.

Por isso, o BASE propõe que, nos dias do leilão, as mobilizações continuem com atrasos de duas horas em todas as unidades; que na paralisação do dia 17 sejam eleitos delegados da base para um Comando de Luta; além de organizar no dia 17 – juntamente com os setores que lutam contra o entreguismo de Lula – um grande ato contra o 70 Leilão.

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