Os petroleiros também estão batendo de frente com a intransigência da empresa. Na categoria, as negociações ocorrem via Federação Única dos Petroleiros, ligada à CUT (FUP), e da Federação Nacional dos Petroleiros, que conta com a participação da CSP-Conlutas (FNP). Enquanto a FUP aceita as condições impostas pela Petrobras, de não negociar as cláusulas sociais, mas apenas as econômicas no acordo coletivo de trabalho, a FNP não aceita qualquer limitação pré-estabelecida pela estatal.
Após muita pressão, a Petrobras finalmente aceitou realizar uma reunião com a FNP no último dia 5. Porém, o encontro terminou em impasse. Numa nova reunião, no último dia 15, a Petrobras se recusou a responder à pauta.

Baseados na pauta histórica aprovada pela categoria, os dirigentes reivindicam o ICV-DIEESE (Índice de Custo de Vida) e 10% de ganho real, o que totaliza 16% – incorporados ao salário básico da categoria.

O combate à terceirização também faz parte da luta da FNP. A exigência por um piso mínimo para estes trabalhadores, com a criação de uma tabela salarial, visa combater a diferença entre os níveis salariais em todo o sistema Petrobras.

Outro ponto importante é a cobrança dos dirigentes da FNP para que a proposta da companhia seja entregue para as duas federações no mesmo dia, sem privilégios. A reivindicação não é à toa. Na última campanha de PLR, um episódio lamentável indignou não apenas os dirigentes, mas uma parcela significativa dos trabalhadores representados pela FNP. Na época, a empresa entregou a proposta antecipadamente à FUP, que divulgou para toda a categoria, enquanto a companhia não havia sequer se reunido com a FNP. Agindo dessa forma, o RH assume publicamente o seu atrelamento com a FUP. A FNP exigiu que esse episódio não se repita.

*com CSP-Conlutas
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