No dia 8 de janeiro, o meta­lúrgico Paulo Cezar, lesionado pela Ford, compareceu à perícia médica na agência do INSS de Camaçari (BA). Paulo César, após ter questionado o resultado apresentado pelo médico perito Dr. Mario Câmara, foi agredido por este, que sacou uma arma e o colocou para fora do consultório. O companheiro registrou ocorrência na delegacia e tem uma audiência marcada.

O Movimento Operário Metalúrgico (MOM), filiado à Conlutas, realizou no último dia 28 um ato público na agência do INSS em solidariedade ao operário agredido. O protesto fez com que outros lesionados e segurados tomassem conhecimento da agressão.

No final do ato, o MOM, protocolou um documento ao gerente da agência exigindo a imediata instauração de processo administrativo para apurar o fato, e o afastamento do perito agressor.

Já a direção do sindicato, (dirigido pela CTB/PCdoB) não apareceu no ato e, como sempre, não faz nada para ajudar os trabalhadores, pois “prefere” defender seus patrões, a Ford e o governo.

Lesões: sintoma do capitalismo
A aceleração da produção, as altas jornadas, o banco de horas e o descaso com a saúde do trabalhador têm levado a nossa classe a diversas lesões e inutilizando milhares de homens, mulheres e jovens. As grandes empresas, em especial as fábricas, são as principais responsáveis por essas lesões, que continuam aumentando.

Só na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) de Camaçari foram registrados mais de 650 casos de lesões em 2006. Sem contar com o enorme contigente de trabalhadores que sofre desse problema mas não procura órgãos como o INSS e a DRT de Camaçari.
Não podemos esquecer, entretanto, que são os governos de plantão, como o de Lula, que permitem às grandes empresas essa superexploração. Os governos federal e estaduais, com suas isenções de impostos e legislações que diminuem os direitos dos trabalhadores demonstram que estão do lado dos empresários.
Post author Cipriano e Índio, de Camaçari (BA)
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