O boneco imitando Lula começou a queimar enquanto os manifestantes do PSTU gritavam “Ô, ô, ô, Lula traidor!”. Fotógrafos de todo o mundo registraram a cena, que no outro dia estava na capa de vários jornais de todo o país e do mundo. Esta foto foi um dos poucos furos no bloqueio da grande imprensa aos protestos contra Lula durante o Fórum Social Mundial.

Mesmo com todas as manobras da direção do Fórum, do governo e de seus apoiadores no movimento, a oposição ao governo Lula se expressou com força no fórum.
Este é um sinal muito importante do ano que se inicia. Toda a propaganda do governo sobre o crescimento econômico de Lula e o“aumento de popularidade” não consegue evitar as rupturas que se ampliam pela base. Como não existem melhorias reais na situação das massas e os ataques do governo vão aumentar com as próximas reformas neoliberais (Sindical, Trabalhista, Universitária), a tendência para o ano de 2005 é que mais e mais rupturas ocorram.

A tradição política brasileira indica que o ano político real começa depois do carnaval. Depois das festas deste início de fevereiro, começará então um ano de grande importância para a esquerda como um todo. Será o ano em que uma alternativa de direção sindical e política para os trabalhadores poderá se construir no espaço deixado pelo PT e pela CUT.

O Encontro Nacional da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) realizado neste fim de semana durante o FSM deu as bases para que se avance na construção de uma alternativa para a CUT. Hoje a Conlutas já é uma realidade para a vanguarda no Brasil e começa a disputar as massas em vários setores importantes dos trabalhadores. A juventude faz o mesmo trajeto com a Coordenação Nacional de Lutas dos Estudantes.

As lutas começam já, com a campanha salarial do funcionalismo federal, que pode ser o primeiro grande enfrentamento com o governo em 2005. Outras campanhas salariais estão em curso. Está se preparando uma mobilização contra a reforma Universitária que pode parar as universidades de todo o país ainda no primeiro semestre. Contra a reforma Sindical será realizada uma semana de lutas em abril ou maio.

O PSTU estará na primeira linha destas mobilizações. Toda a vanguarda presente em Porto Alegre comentou a grande presença das colunas do partido nas passeatas de abertura do Fórum e contra a ALCA, no último dia; no ato contra Lula; na passeata contra a guerra e na de apoio à luta palestina.

Somos o partido das lutas, como se pôde ver mais uma vez no FSM, como já se tinha comentado em todo o país na greve bancária. O jogo está começando…

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