O governo está muito incomodado com a presença do MST no encontro do dia 25. Este movimento conseguiu uma grande autoridade pelas ocupações de terra em todo o país. Mas vive uma crise por seu apoio a Lula, um governo comprometido com o agronegócio, não com a reforma agrária.

Existe uma pressão na base deste movimento pela ruptura com o governo. A direção do MST busca contornar essa pressão, adotando um discurso de maiores críticas ao governo, na esperança de que Lula vá mais à esquerda, porém sem ruptura.

Mas nem isso o governo e Zé Dirceu estão dispostos a permitir. Para colocar o MST na parede, além da pressão política, existe o aparato do Estado. Assim, quer comprar o apoio do movimento para não fazer a reforma agrária.

O MST está perante uma dupla pressão: do movimento querendo enfrentar o governo e do próprio governo com seus 39 milhões.

Nós chamamos o MST a romper com Lula e se integrar com todas as forças às mobilizações contra as reformas neoliberais e pela reforma agrária.

Post author Dirceu Travesso, de São Paulo
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