O militante do PSTU, Gildo Rocha
Redação

Militante do PSTU foi morto pela polícia durante greve

O companheiro Gildo Rocha, militante do PSTU de Brasília e diretor do Sindicato dos Servidores do Distrito Federal (SINDSES), foi assassinado no dia 6 de outubro de 2000, enquanto realizava uma atividade deliberada pelo comando de greve de sua categoria.

Estava furando sacos de lixo na madrugada para dificultar a ação dos fura-greve no dia seguinte, em uma paralisação de garis no Distrito Federal, junto com outros companheiros da categoria. Foi barrado por agentes da Polícia Civil, do governador Joaquim Roriz (PMDB), que se dedicavam a quebrar o movimento. Os policiais renderam os grevistas e Gildo conseguiu fugir, mas foi morto com tiros nas costas.

Depois do crime, a polícia o caluniou, forjando depoimentos e colocando em seu carro uma arma e um cigarro de maconha. Os assassinos inventaram a história de que Gildo estaria drogado e resistiu à prisão.

Mas os laudos periciais demonstraram que Gildo não disparou nenhuma arma e nem havia consumido drogas.

Com isso, o inquérito policial foi encerrado, e os policiais foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio. Mas, após a primeira instância, o juiz não encaminhou o réu a julgamento por considerar que o policial agiu no “estrito cumprimento do dever”. O MP, porém, recorreu. Os desembargadores decidiram por unanimidade que o policial enfrentaria o tribunal do júri e seria julgado por assassinato. Contudo, os policias voltaram a trabalhar normalmente.

O companheiro Gildo continua sempre presente em nossa luta.
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