• Pensando como patrão
    O governo Lula lançou o programa Primeiro Emprego em junho de 2003, oferecendo até R$ 1.200 por ano às empresas, para cada jovem contratado. O governo convidou 765 mil empresas, mas até o dia 21 de março, apenas um jovem havia sido beneficiado. O objetivo era criar 250 mil vagas no programa.

    O governo então resolveu facilitar para os empresários, abrindo mão da exigência de que, durante 12 meses, estes não reduzam o número de funcionários. A explicação de Lula para a mudança é assustadora: “Pensamos como sindicalistas. Mandamos uma lei em que o empresário não podia mandar outro trabalhador embora. O empresário não contratou ninguém porque ele não quer assumir o compromisso de não poder demitir ninguém”.

    Em resumo, agora, com Lula pensando como patrão, o caminho está livre para que o empresário substitua empregados por jovens, recebendo menos e sem direitos trabalhistas.

  • Aperto no metrô
    No mesmo dia em que recebeu a solidariedade do escritor Fernando Morais e de outros intelectuais, o ministro José Dirceu passou por uma situação constrangedora em São Paulo. O ministro estava no metrô (!), no mesmo vagão que um militante do PSTU. Reconhecido, Dirceu ofereceu um aperto de mão e um sorriso, que manteve estampado enquanto escutava o desabafo sobre o reajuste do salário mínimo e era chamado de traidor.

  • Antes só
    Lula nomeou Milton Linhares, da Uniban, universidade paga paulista, e Anaci Paim, indicada por ACM, ao Conselho Nacional de Educação. O ministro Tarso chegou a indicar Eduardo Portella, ministro da ditadura.

  • Trem…
    No dia 27 de abril, o governo conseguiu aprovar no Senado a criação de 2.793 cargos comissionados. Os novos funcionários não precisarão prestar concurso, pois serão nomeados livremente pelos ministros de Lula.

  • …das onze
    De olho no caixa para as eleições municipais, o PT aprovou emenda garantindo a contribuição dos novos funcionários. Com salários de até R$ 7.575, os que forem filiados ao partido terão 30% descontado na folha de pagamento.

  • Descobrindo a pólvora
    Em 2000, 189 países que integram a ONU decidiram, entre outras “metas”, reduzir à metade o número de pessoas que passam fome. No mês passado, o Fórum Econômico Mundial fez um balanço da farsa e chegou a uma conclusão brilhante: de 2000 para cá, os governos do mundo não combateram a pobreza, as guerras e a fome. Nestes anos, os EUA invadiram o Afeganistão e o Iraque, a Argentina quebrou, mas o fórum, que todo ano reúne ricos e poderosos em Davos, na Suíça, precisou de um “estudo” para ver o óbvio.

  • Vergonha
    O governador Joaquim Roriz (PMDB-DF), cuja polícia assassinou o militante do PSTU Gildo Rocha, é acusado de desviar R$ 48 milhões para sua reeleição. Por 5 votos a 1, o Tribunal Superior Eleitoral absolveu Roriz.

  • Sem teto
    Movimentos dos sem-teto marcaram para o dia 12 de maio uma série de invasões a prédios públicos. Além de destinar um dos menores orçamentos para projetos de moradia, o governo Lula está preocupado e acionou a ABIN (ex-SNI) para vigiar os sem-teto.

  • Ressaca
    A cervejaria belga Interbrew, que concluirá a fusão com a brasileira Ambev até setembro, anunciou que vai fechar algumas de suas 75 fábricas. Se a Interbrew, que irá distribuir a Brahma na Europa, está demitindo, o que fará a Ambev, que vai lançar a cerveja Becks por aqui?

  • TOME NOTA
    CORREIOS – A Chapa 2 disputa as eleições do Sindicato dos Correios de Pernambuco, nos dias 13 e 14, contra três chapas governistas. A chapa foi formada em convenção aberta e tem entre os principais eixos o combate às reformas Sindical e Trabalhista.
    PALESTRA – No dia 7, o Centro de Estudos Marxistas promove a palestra “Marx e os Camponeses”, com o professor Edgard Malagodi. O evento acontece no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, a partir das 14h30.

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