Os metalúrgicos da General Motors de São Caetano do Sul rejeitaram, no último dia 10, a proposta de reajuste de 7,44% apresentada pelas montadoras de São Paulo. A proposta é de reposição integral da inflação, o que equivale a 4,82%, mais 2,5% de aumento real.

A proposta apresentada pela patronal foi aprovada pela CUT e pela Força Sindical, mas rejeitada na mesa de negociação pelos sindicatos ligados à Conlutas e à Intersindical.

Para aprovar a proposta, os sindicatos ligados à CUT fizeram assembléias esvaziadas nas portas das fábricas. Em São Bernardo do Campo, por exemplo, estiveram presentes cerca de mil trabalhadores, de um total de 30 mil. Em Taubaté (SP), dos cerca de 5 mil trabalhadores, estiveram apenas 100 operários na assembléia.

Mas em São Caetano, a história foi diferente. Cerca de 90% dos metalúrgicos presentes à assembléia rejeitaram a proposta, apesar da defesa “entusiasmada” dos diretores do Sindicato filiado à Força Sindical. Foi uma autêntica rebelião de base
“A rejeição da proposta em São Caetano é a prova de que os metalúrgicos do estado não concordam com essa proposta, ao contrário do que querem fazer crer os dirigentes da CUT e Força Sindical”, disse o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) , Luiz Carlos Prates, o Mancha.

GM de São José
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos vai discutir com os trabalhadores da GM a proposta de reajuste salarial de 7,44%, apresentada pelas montadoras. O Sindicato, filiado à Coordenação Nacional de Lutas, vai defender a rejeição ao acordo e uma paralisação de 24 horas.

A indústria automobilística tem batido recordes de vendas. De janeiro a agosto, o setor cresceu R$ 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com vendas de 1,53 milhão de veículos, o melhor resultado da história.

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