Vem aí o 7 de setembro. Nesse dia, serão realizados desfiles militares por todo o país em comemoração à sua independência de Portugal. O hino nacional será tocado inúmeras vezes e o presidente da República assistirá ao desfile ao lado de autoridades militares.

Tudo falso como sempre. O país não tem nada de independente. O domínio do país pelo imperialismo norte-americano é um fato. O FMI dirige a economia. As multinacionais são donas dos setores mais dinâmicos da economia, o que pode ser notado em qualquer cidade, desde as marcas dos carros nas ruas até a presença ostensiva dos McDonald’s e Blockbuster.

Enquanto seguir o domínio imperialista, os sinais de barbárie seguirão se espalhando no país. A chacina dos moradores de rua em São Paulo, e em outras cidades do país, mostra duas faces violentas dessa barbárie: o assassinato de pessoas indefesas e a própria existência de dezenas de milhares de pessoas morando nas ruas.

Vamos às ruas para impedir a recolonização do país

Existe um sentimento antiimperialista em grandes parcelas do povo brasileiro. Muitos acompanham a resistência iraquiana às tropas invasoras com simpatia indisfarçável.

Existe, também, um rechaço crescente ao governo norte-americano. Mas não por parte do governo Lula, que se declara amigo de Bush, comprometendo-se em retomar as negociações da Alca, assim que terminarem as eleições no Brasil e nos EUA.

Nada disso é discutido na campanha eleitoral dos maiores partidos, desde o PT até o PSDB e o PFL. Na TV, tudo é mostrado como em um imenso comercial de geladeiras, em que se falsifica a realidade e se apresentam propostas mentirosas para enganar o povo.

Mas nada vai mudar no país, sem romper com o FMI, sem parar de pagar a dívida externa, sem que o país se afaste das negociações da Alca. Neste 7 de setembro, para levantar a bandeira brasileira, é preciso lutar por uma segunda independência do país.

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