Helicóptero da PM sobrevoa empresa
Eraldo Strumiello

PM a serviço das grandes empresas e do capitalNesta quinta-feira, 22 de outubro, repetindo o ocorrido com os trabalhadores na Gerdau de São José dos Campos (SP) na quarta-feira, um batalhão da Polícia Militar se colocou na porta da Usina da Gerdau em Pindamonhangaba. Eram mais de 50 policiais. Até o helicóptero Águia foi acionado.

Como em São José dos Campos, no primeiro turno, os trabalhadores votaram por unanimidade pela paralisação. Eles reivindicam reajuste salarial com aumento real e abono. Já na entrada do segundo turno, a empresa moveu um verdadeiro aparato de guerra, impedido os trabalhadores de descerem dos ônibus.

A Gerdau pertence a um dos maiores grupos industriais do país. A indústria tem um histórico de desrespeito à livre organização dos trabalhadores. Até o Comitê Mundial, com representantes dos trabalhadores, que geralmente é um grupo de discussões apenas entre os sindicatos de trabalhadores no grupo Gerdau, emitiu, esta semana, uma nota de protesto aos presidentes de países onde a empresa atua, reclamando do desrespeito aos direitos.

Aqui a empresa é uma das mais beneficiadas pelo BNDES. Na usina de Pindamonhangaba, tem até uma placa enorme do Banco Federal.

Ausência estranha
Enquanto militantes da Conlutas, que concorre às eleições para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba e Região pela chapa 4, e o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Renato Bento, manifestaram seu apoio à luta dos trabalhadores, poucos foram os militantes da CUT que apareceram pela manhã. À tarde, nenhum estava presente.

Independentemente de o sindicato ser dirigido hoje pela Força Sindical, a unidade dos trabalhadores para lutar e conquistar um bom aumento com abono é dever de todos os que se dizem lutadores. A CUT vinha defendendo o acordo rebaixado de Taubaté em Pindamonhangaba. Nesta greve, os companheiros simplesmente sumiram.

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