Olha-se para um lado e se sente o desprestígio geral de tudo que tem a ver com política. Para outro se vê a enorme desconfiança e descrença entre os trabalhadores com os partidos. Afinal o PT e o PCdoB, ao se tornarem governo, mudaram de lado.

No meio de tudo isso, existem aqueles que podem se orgulhar de seu partido. O PSTU se orgulha de levantar em alto e bom som a defesa da revolução e do socialismo. Nos orgulhamos de nossos militantes, e queremos dedicar esta página, em primeiro lugar, para agradecer a cada um de nossos companheiros e companheiras. A cada gota de suor ao empenhar a bandeira por horas nas passeatas. As vozes já roucas de cantar e entoar palavras de ordem. A solidariedade militante que surge nos piquetes de greve. E nas campanhas das oposições sindicais. Ao final deste ano, podemos nos orgulhar de termos enfrentado um governo de frente popular, o que já destruiu muitas organizações revolucionárias. E podemos dizer, crescemos, estamos mais fortes.

Qual a diferença com os outros partidos e políticos?
Neles a militância é paga como qualquer outra mercadoria. Cada um está ali pare ver como pode “se arrumar”. Os partidos burgueses da direita tradicional, PSDB, PFL e PMDB, velhos conhecidos, experientes na prática da corrupção e de desvio de dinheiro público, são os que promoveram a festa das privatizações, o saque das riquezas naturais e a entrega do país às multinacionais e aos banqueiros internacionais, retirando direitos, atacando a saúde e a educação pública, promovendo cada vez mais miséria, baixos salários, fome e desemprego.

Os outros, da esquerda reformista, PT e PCdoB, viraram governo e ficaram iguais aos outros. Não demorou muito para vermos Lula e o PT envolvidos até o pescoço em escândalos de corrupção, mensalão e dólares na cueca. Em poucos meses a imagem construída por anos e anos virou fumaça.

O PSTU se orgulha de ter sido oposição ao governo Lula desde o primeiro dia de seu mandato, mesmo sabendo das ilusões que a maioria dos trabalhadores tinham no PT e em Lula.
Consideramos que foi um grande acerto a construção e fundação da Conlutas e da Conlute, que hoje são organizações que já cumprem um papel importante na luta de classes, como alternativas à CUT e à UNE.

Também nos orgulhamos de termos lançado a campanha pela formação de uma frente de esquerda, classista e socialista com o PSOL e o PCB, que fosse um instrumento capaz de furar o bloqueio e a falsa polarização entre os dois projetos neoliberais de Lula e Alckmin. Mesmo sem termos a candidatura à vice-presidência, seguimos batalhando pela Frente. Os quase sete milhões de votos na candidatura de Heloísa à presidente no primeiro turno são um patrimônio para o futuro.

Em meio às eleições, o PSTU não deixou de discutir que nossa estratégia de transformação não é pela via eleitoral, participamos das eleições burguesas, mas nosso centro é nas lutas diretas. Por isso colocamos nossas candidaturas a serviço das lutas, como foi o caso da greve bancária ou da luta contra as demissões na Volks do ABC. Mesmo sem ter elegido parlamentares o PSTU sai fortalecido do processo eleitoral.

Frente à falência do resto da esquerda, oferecemos a todos os lutadores e lutadoras o nosso partido. Não oferecemos privilégios, oferecemos uma bandeira sem manchas e uma história de luta. Não somos uma plataforma para os querem “se arrumar”. Não queremos e não aceitamos o dinheiro da corrupção e não trocamos princípios por cargos no Estado.

O PSTU não é uma organização perfeita. Ainda há muito por fazer, mas nos orgulhamos de nossa trajetória, temos um programa socialista e uma metodologia baseada na democracia operária e na moral revolucionária.

Queremos saudar todos aqueles que estiveram conosco nas duras e difíceis batalhas, desafios e provas que enfrentamos em 2006. Em primeiro lugar, a nossa militância sempre ousada e aguerrida. Aos nossos filiados, apoiadores e amigos do partido, dirigentes sindicais e ativistas dos locais de trabalho em que militamos, que estiveram ombro a ombro conosco nas batalhas do dia a dia.

Queremos saudar especialmente os novos militantes que entraram em nossas fileiras este ano, e que estão iniciando uma experiência com a militância no partido revolucionário. A presença de cada novo lutador e lutadora em nossas fileiras é fundamental para as tarefas que vamos ter que enfrentar no futuro. Em especial os setores mais explorados de nossa classe, os operários, as mulheres, a juventude, os negros.

Entrem no PSTU, este partido é um instrumento revolucionário de vocês.

Post author Cilene gadelha, da Direção Nacional do PSTU
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