A votação expressa a vontade popular de ter o Toninho na Câmara

Esse modelo é antidemocrático, distorce a vontade popular e serve para perpetuar os caciques no poder.Nota pública sobre o resultado eleitoral do PSTU para vereador

Em primeiro lugar, quero agradecer os 6.677 votos recebidos da população joseense. Esse apoio me fez o 5º vereador mais votado dentre os 460 candidatos de São José. Um resultado que demonstra, de forma incontestável, que a vontade democrática da população é me ver como seu representante na Câmara.

Infelizmente, as regras do jogo eleitoral estabelecem um injusto quociente eleitoral que impediu que eu pudesse assumir uma das 21 cadeiras de vereador na Câmara.

Esse quociente é o número necessário de votos para eleger um vereador.Chega-se a ele, dividindo o número de votos válidos apurados pelo de vagas a preencher. Em São José, se dividirmos os 348.842 votos válidos desta eleição pelas 21 cadeiras de vereador, temos o quociente de 16.611 votos.Uma vaga só é assegurada se a soma dos votos dos candidatos do partido ou coligação atingir esse quociente.

Para isso, são lançados vários candidatos que, embora não tenham chances eleitorais, servem para ganhar votos, que terminam sendo somados para que o cacique de um partido seja eleito. Essa manobra engana o eleitor – que vota num candidato, mas termina elegendo outro – e dificulta a renovação da Câmara.

Vale observar que quase 70% da população votou em candidatos que hoje não possuem mandato, expressando o desejo de mudança. Mas, a renovação foi de apenas 30%. Ou seja, 14 dos atuais 21 vereadores ainda conseguiram se reeleger.

Sem dúvida, esse modelo distorce a vontade popular. É um modelo injusto e antidemocrático, que serve para perpetuar os caciques no poder.

Mandato popular
Nossa votação demonstra o forte apoio popular que recebemos por impulsionar as lutas por moradia, como foi o caso do Pinheirinho e dos bairros irregulares; ou por emprego, como ocorre agora na GM.

Cada voto na minha candidatura representa também o apoio a minha luta contra o uso imoral e impróprio do dinheiro público, como no caso dos supersalários dos vereadores e o gatilho salarial de prefeitos e secretários.

Por isso, de peito aberto e cabeça erguida, agradeço os quase 7 mil votos confiados a mim e a meu partido. Não fui oficialmente eleito, mas me sinto vereador. Essa é a vontade do povo.

Vamos atuar como um verdadeiro mandato popular paralelo para fiscalizar a Prefeitura e a Câmara e fortalecer ainda nossa luta por igualdade e justiça social. Vou ser a voz do povo na Câmara!

Um forte abraço a todos e muito obrigado.

TONINHO
Presidente PSTU – SJCampos