Na sexta-feira, 4 de novembro, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi palco de dois atos: um organizado pela Conlutas, que atacou Bush e denunciou a subserviência do governo Lula ao Senhor da Guerra e outro, organizado pela CUT, UNE e MST, com a clara intenção de preservar Lula.

Apesar de todas as diferenças políticas, era possível realizar um ato unitário que tivesse como eixo o repúdio à vinda de Bush para a América Latina, garantindo o direito democrático das organizações políticas expressarem suas diferenças. Este foi o chamado feito pela Conlutas-DF. Infelizmente, o bloco governista preferiu poupar Lula a somar forças contra Bush. Avisaram que se a Conlutas ou qualquer organização atacasse Lula, o “pau iria comer”.

Apesar da divisão imposta pelo bloco CUT/UNE/MST, o ato organizado pela Conlutas-DF foi um sucesso. A concentração estava marcada para às 9h em frente à Catedral, no mesmo local e horário do ato governista. Na saída dos atos, uma parte das pessoas que foram convocadas pela UNE decidiu participar do ato da Conlutas, que contou com mais de 300 manifestantes e que tinha como destino a embaixada dos EUA. Isso obrigou os governistas a mudarem a rota de seu ato e a também irem à Embaixada, por outro caminho. Na embaixada, a Conlutas encerrou o seu ato queimando bandeiras dos EUA e de Israel e gritando palavras-de-ordem contra o imperialismo.