Na quinta feira, 29 de outubro, os educadores do Rio Grande do Sul se deslocaram das mais diversas partes do estado para a capital Porto Alegre. O objetivo foi acompanhar, na Assembléia Legislativa, a apreciação do projeto de piso salarial rebaixado que o governo Yeda Crusius (PSDB) mantém desde o final de 2008.

Em novembro passado, quando o projeto foi enviado ao Legislativo em regime de urgência, os trabalhadores em educação decidiram, em assembleia geral, entrar em greve até que o mesmo fosse retirado do plenário. À época, o magistério paralisou as atividades durante 15 dias – os quais foram descontados dos seus salários, embora as aulas tenham sido recuperadas – e conseguiu a retirada da urgência da votação do mesmo.

Quase um ano depois, o mesmo projeto retorna à pauta. Ele destorce a ideia do piso nacional rebaixando-o ainda mais. Como efeito da manifestação dos educadores, a sessão da Comissão de Serviços Públicos foi encerrada por falta de quórum. No entanto, o Projeto de Lei 284/2008 – que fixa o valor do piso regional do magistério estadual – deverá ser apreciado na próxima semana, e os educadores lá estarão novamente em vigília.

Após deixar a Assembleia Legislativa, a categoria dirigiu-se até o Centro Administrativo do Estado, onde funciona a Secretaria de Educação. Lá, apesar do sol e calor intenso, os trabalhadores permaneceram até que fossem recebidos pela e fosse agendada uma reunião para discutir a pauta de reivindicações. Essa foi apresentada ao novo secretário da Educação, Ervino Deon, no início do mês de outubro, tão logo o mesmo assumiu a pasta, depois da saída de Marisa Abreu. Naquela ocasião, o secretário comprometeu-se em avaliar e discutir com o CPers-Sindicato as reivindicações. No entanto, passados quase 30 dias, não havia ocorrido nenhum contato.

Depois de mais de uma hora de manifestação, a direção da entidade sindical foi comunicada de que apenas dois representantes seriam recebidos. Desta forma, a presidente e a primeira vice-presidente foram ao encontro de assessores do secretário que marcaram reunião para o dia 11 de novembro, às 17h. Até lá, a categoria permanecerá mobilizada em defesa dos seus direitos.

*Eunice Couto é assessora do grupo Democracia & Luta, corrente sindical ligada à Conlutas

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