PT mantém a mesma política de privatização e sucateamento da SaúdeDor, desespero e morte. Esta é a cena dominante nos corredores dos hospitais públicos do país. A maioria dos trabalhadores conhece muito bem essa realidade. Como todo serviço público no país, a Saúde se encontra na UTI, por conta de anos e anos de investidas neoliberais dos governos Collor, Itamar, FHC e agora Lula, que promoveram cortes no Orçamento destinados à Saúde pública para pagar a dívida com o FMI. Também jogaram sobre os municípios a responsabilidade do gerenciamento da saúde, sem garantir as verbas necessárias, que continuaram sendo desviadas para engordar o superávit primário.

Nos estados e municípios, os governo do PT, por sua vez, mantêm a mesma política de privatização e sucateamento da saúde: cortando verbas, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal e privilegiando os empresários dos planos de saúde, que estão impondo reajustes violentos aos 39 milhões de conveniados.

Não podia ser diferente para um governo que governa para empresários contra os trabalhadores. A nova prova disso, são as revelações divulgadas pela mídia envolvendo o ministro Luiz Gushiken com as negociatas e disputas sórdidas entre empresários da Telecom. A ligação do ministro com grupos privados de Previdência, inclusive sendo sócio de uma consultoria que prestava serviços a esses grupos, é motivo de sobra para expulsá-lo de seu cargo. Mas para um governo que privatizou a Previdência no Brasil, isso seria no mínimo incoerente.

Responder com lutas

Felizmente, a ficha está caindo, e é cada vez maior o número de trabalhadores que começa a ver que Lula e o PT são iguais ao resto e vão às lutas. Um exemplo são as greves dos estudantes, professores e funcionários das Universidades estaduais em São Paulo (completando mais de dois meses de greve) e as greves que começam a pipocar nas universidades federais, como nas universidades da Bahia e da Paraíba. Estas greves precisam organizar a luta contra a reforma Universitária, que o governo Lula pretende impor para privatizar as universidades públicas. Fazer isso significa enfrentar a direção governista da UNE e da CUT.

Nas eleições, o PSTU colocará suas candidaturas a serviço destas mobilizações. Pretendemos avançar na construção de uma alternativa de esquerda a este governo lacaio dos empresários e dos banqueiros. A eleição de Lula, seguida da traição ao povo, comprova que não é através da democracia dos ricos que haverá mudanças. Só a mobilização permanente dos trabalhadores muda a vida.
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