No último dia 10 de novembro, dia nacional de lutas e mobilizações, um fato grave envolveu três integrantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, filiado à CUT. Durante as falas que preparavam a assembleia dos trabalhadores para decidir os rumos da mobilização que ocorria na porta da fábrica naquele momento, diretores do sindicato agrediram covardemente dois peões que são parte da comissão eleita pelos trabalhadores para atuar nas negociações. Um dos agredidos, o camarada Maradona, é do PSTU e foi atingido pelas costas.

A mobilização tinha por objetivo trancar a fábrica que continua funcionando e gerando lucro, mas não paga os funcionários demitidos há mais de um ano e meio. A confusão, criada pelo sindicato na frente da peãozada, que defendeu os trabalhadores agredidos, acabou explodindo a assembleia e finalizando a mobilização com a decisão unilateral do sindicato de destrancar a porta da fábrica sem que houvesse uma votação sobre isso. Uma ação que combinou imposição, covardia e arbitrariedade.

Os 200 trabalhadores demitidos da empresa Madef, em Canoas/RS, que estão há quase dois anos aguardando o pagamento de seus benefícios trabalhistas, tiveram no último dia 9 de novembro mais um momento de frustração e a certeza de que muitos continuarão passando necessidades. O leilão da empresa, decidido pela justiça federal para que o dono da Madef pague os direitos trabalhistas ocorreu nos dias 7 e 9 de novembro, mas não teve compradores. Essa é a quarta tentativa de vender a fábrica, sem qualquer êxito. Enquanto isso, a Madef continua funcionando com trabalhadores sem carteira assinada, em situação precária e gerando seus lucros. O Sindicato só apareceu para mediar negociações, que rapidamente fizeram com que ocorressem os últimos leilões, após saberem da organização de 90 peões na porta da fábrica, organizado via Whatsapp, no último dia 11 de setembro.

Passado mais um leilão frustrado, os trabalhadores combinaram, pelo grupo do Whatsapp, de se reunir novamente na manhã da sexta-feira (10/11) para realização de uma nova assembleia e decisão da maioria sobre os rumos a tomar.

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Intervenção do camarada Maradona que gerou a ira da direção do sindicato

Nesse dia 10/11, Dia Nacional de Lutas e Paralisações, metalúrgicos e outras diversas categorias estiveram mobilizados e protestando nos mais diversos municípios do país. Os metalúrgicos de Canoas-RS deveriam estar na luta contra a reforma trabalhista e da previdência, mas infelizmente não houve nenhuma manifestação na cidade. O sindicato sequer entregou boletim na porta das fábricas. A única mobilização que ocorreu foi dos trabalhadores da Madef, que vinha chamando solidariedade e mobilização nas portas das fábricas e no calçadão de Canoas. Isso só ocorreu porque a CSP-CONLUTAS apoiou a sua convocação e sua realização junto aos trabalhadores. Até então, mesmo após os leilões frustrados, o sindicato nada fez.

A burocracia da CUT teme a presença do camarada Maradona e a organização dos trabalhadores.

Repudiamos veementemente atitudes como essa que têm sido recorrentes por parte de integrantes da CUT, que em outros lugares, como foi no Piauí e em Salvador, no mesmo dia 10/11, sob outras circunstâncias, também agrediram trabalhadores, militantes do partido e rasgaram faixas.

CLIQUE AQUI, baixe o modelo de moção de repúdio, insira o nome da sua organização, entidade sindical ou movimento popular e divulgue em suas páginas e redes sociais. Vamos nos solidarizar com os trabalhadores e nos posicionar contra os métodos de violência da CUT à oposição!

Punição exemplar dos agressores! Exigimos desde já que não participem mais das mobilizações e assembleias da MADEF na medida em que seu papel é só intimidar e dividir!

Retratação pública por parte do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas. Todo apoio aos trabalhadores da Madef e suas lutas!

Toda solidariedade ao camarada Maradona, um guerreiro incansável na luta dos trabalhadores!