Direção Nacional do PSTU
A Greve Geral do dia 28 de abril parou o Brasil de norte a sul. Foi a maior Greve Geral de toda a nossa história.
A classe operária aderiu em peso: metalúrgicos, químicos, têxteis, calçados, alimentação, vidreiros, construção civil, operários agrícolas, enfim, as máquinas pararam! Dia 28, do alfinete ao avião, a produção parou!
Outro destaque foram os trabalhadores dos transportes (ônibus, trens e metrôs) que pararam completamente também em praticamente todo o país, com raras exceções. E, dessa vez a imprensa não conseguiu encontrar pessoas aglomeradas em estações de metrô ou ponto de ônibus tentando chegar ao trabalho e nem explorar reclamações de setor algum. A população simplesmente não saiu de casa, pois estava em greve ou apoiava a greve.
Professores da rede pública e privada, trabalhadores da saúde, bancários, funcionários públicos das três esferas pararam. Comerciários também pararam em muitos lugares. Os movimentos populares aderiram em peso, participaram de maneira organizada e construíram uma greve ativa, bloqueando pontes e estradas, realizando manifestações e piquetes: desempregados, o povo pobre das periferias, negros e negras, LGBT’s, indígenas, aposentados, movimentos de mulheres, movimentos de moradia, de sem terras e quilombolas, toda a classe trabalhadora aderiu.
Esse governo e Congresso de corruptos, banqueiros e grandes empresários, que contam com o apoio de só 4% da população sentiram o tranco. Mostramos para eles a força que tem a classe trabalhadora e o povo pobre unidos nesse país. Sem nós, nada funciona, nada acontece.
Mas, esse governo de ladrões e capitalistas está dizendo que não vai parar com as reformas. Na maior cara de pau, diz que a greve foi um fracasso, tentando zombar da nossa cara, achando que vai desmoralizar a classe trabalhadora. A grande imprensa, por sua vez, com a rede Globo à frente, depois de esconderem que haveria greve, foram obrigados a mostrar a Greve Geral no dia 28. E no dia seguinte, para vergonha geral, ao contrário das televisões e jornais estrangeiros que aqui estiveram e noticiaram nossa greve com peso em todo o mundo, as TV’s e jornais patronais daqui tentaram novamente ligar sua máquina de mentiras e diminuir a força e o tamanho da Greve Geral no Brasil.
A verdade é que esse governo saiu ainda mais fraco e nós trabalhadores mais fortes e se eles não recuarem, nós devemos fazê-los parar e botá-los todos para fora. Por isso, não devemos aceitar que ninguém negocie emendas em nosso nome nessas reformas e demonstrar para eles que se eles não recuam, vamos seguir com a luta cada vez mais forte.
Por isso, agora, o próximo passo deve ser ocupar Brasília e preparar uma nova Greve Geral, dessa vez de 48 horas.
Vamos seguir reunindo, organizando, ampliando e enraizando os comitês nos locais de trabalho, estudo e moradia, no campo e na cidade; vamos exigir assembleias e organização pela base nos sindicatos. Vamos coletar dinheiro e organizar caravanas de todo o Brasil, de cada setor, cidade, bairro, escolas, para ocupar Brasília. E vamos preparar nova Greve Geral, agora de 48 horas.
Fora Temer! Fora todos eles! Operários e o povo pobre no poder.
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Fora Temer e todos eles! Operários e o povo pobre no poder