Obama vem ao Brasil no momento em que o Conselho da ONU autoriza a intervenção militar do imperialismo sobre a Líbia. Muitos têm expectativas em Obama e também nessa ação militar contra o genocida Kadafi.
O PSTU quer alertar todos os trabalhadores e jovens brasileiros que essas esperanças são infundadas. Está vindo ao Brasil a nova cara do imperialismo, um Bush disfarçado de negro, mas exatamente com as mesmas más intenções.
Nós lutamos contra o ditador Kadafi. Esse genocida está bombardeando populações civis, repetindo os atos de Israel contra os palestinos. Os setores da esquerda que sustentam Kadafi, como Castro e Chávez, estão completamente enganados e terminam por sujar suas mãos com o sangue do povo líbio.
Mas a intervenção militar do imperialismo não é para ajudar o povo líbio. Obama, assim como os governos europeus quer, controlar diretamente o petróleo líbio e acabar com a guerra civil. Kadafi, que entregou o petróleo ao imperialismo, não é mais uma garantia segura, porque existe uma guerra civil. Quando Kadafi massacrava o povo, mas não existia ainda um levante contra ele, o governo Obama (assim como Berlusconi e Sarcozy) o apoiava.
O imperialismo apoia todas as ditaduras no mundo árabe contra as quais se enfrenta a revolução em curso, como a Arábia Saudita, Bahrein, Jordânia, Iêmen. Obama, junto com seu aliado Mubarak, foi derrotado pelo povo egípcio rebelado. Caso consiga controlar a Líbia, vai instalar outra ditadura que lhe garanta o controle do petróleo.
Existe hoje uma guerra do povo líbio contra o ditador Kadafi. Com a intervenção militar imperialista, deve haver duas guerras: uma contra Kadafi e outra contra o imperialismo. Chamamos o povo rebelado contra Kadafi na Líbia a não depositar nenhuma esperança e não dar nenhum apoio à intervenção imperialista.
Nós rejeitamos a presença de Obama, o novo senhor da guerra, no Brasil. Ele vem aqui para substituir a imagem desgastada do governo dos EUA pela figura de Bush. Vai querer se apropriar das reservas de petróleo do pré-sal que o governo Dilma já está lhe oferecendo. Vai querer avançar o “livre comércio”, que significa maior abertura para as multinacionais norte-americanas. Ou seja, vai cumprir exatamente a mesma pauta que Bush faria, só que agora com uma face mais “simpática”.
Obama já mostrou, nos EUA, que não cumpre nenhuma de suas promessas eleitorais. O desemprego segue fortíssimo, atingindo em primeiro lugar os negros. Não foi por acaso que Obama acaba de ser derrotado nas eleições legislativas em seu país. Não deixemos que siga nos enganando no Brasil.
O governo Dilma recebe Obama para abrir ainda mais as portas do país para o imperialismo. Segue cumprindo um papel de ponto de apoio do governo dos EUA na América Latina pela indigna ocupação militar do Haiti, a serviço das multinacionais.
Exigimos ao governo Dilma que: