Vitória fortalece luta contra ataques das empresas aos trabalhadores e ao sindicato dos rodoviáriosO dia 24 de março vai ficar marcado na história de luta dos trabalhadores rodoviários do Amapá. Principalmente para os 85% de sócios do sindicato que compareceram às urnas. A chapa da Conlutas teve 245 votos, contra 137 do grupo apoiado pelas empresas.

Foi uma clara recusa à recente onda de ataques dos empresários contra a categoria, com demissões em massa e desrespeito aos acordos coletivos. Os trabalhadores deram uma das respostas mais contundentes que os patrões dos transportes já receberam neste estado. Como diziam os trabalhadores de base: “foi uma verdadeira peia!”.

Contra a exploração e a ganância dos patrões
As dificuldades enfrentadas nestes meses de disputa eleitoral foram enormes. O que mais se notava era um grande investimento, por parte dos empresários, na chapa 2. Enquanto isso, os companheiros da chapa 1 não tinham dinheiro sequer para alimentar suas famílias!

Por isso, o apoio material dos sindicatos organizados em torno à Conlutas foi fundamental para que eles garantissem a apresentação do programa que apontava a necessidade de municipalizar o transporte coletivo na cidade, e também de derrubar as mentiras contra os dirigentes do sindicato.

“Não bastou o ataque à vida de Frota e sua família, às finanças do sindicato. Agora vêm as calúnias dos patrões; é o desespero que tomou conta deles”, afirmou o motorista e presidente eleito da chapa, Carlos Cley.

É importante destacar o apoio incondicional de vigilantes, professores, trabalhadores da saúde e estudantes, que mantiveram uma firme linha de defesa dos rodoviários. Alguns investiram financeiramente na campanha e mandaram companheiros para ajudar, como os sindicatos da construção civil de Belém (PA) e dos metalúrgicos de São José dos Campos (SP).

Batalha pela reintegração dos demitidos
É inegável que a vitória dos trabalhadores rodoviários servirá para impulsionar ainda mais a luta pelo retorno aos postos de trabalho dos diretores afastados, principalmente com o feliz informe, no dia da eleição, de mais um cipeiro reintegrado. “Nossa campanha salarial deste ano, além da jornada de lutas contra as demissões, produto da crise econômica mundial criada pelos ricos, entra hoje em um novo patamar; estamos mais fortes e agora os patrões que se cuidem!”, disse o cobrador e vice-presidente eleito, Genival Cruz.

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