A corrida pela Casa Branca e pelo Congresso norte-americano vai custar o valor recorde de US$ 3,9 bilhões, segundo um estudo realizado pela organização Center for Responsive Politics, que monitora os gastos em campanhas.

É evidente que nenhum candidato arrecada esse valor com rifas, bingos e churrascos nas suas casas. São conhecidas as relações da camarilha de Bush com as empresas petrolíferas e com o setor armamentista e são esses setores da burguesia norte-americana que financiam pesadamente a sua campanha eleitoral. Por outro lado, o democrata John Kerry, além de ser um poderoso empresário, tem a sua campanha financiada, em grande parte, por empresários e financistas de Wall Street, entre os quais David Rockefeller, o mega-especulador George Soros e Warren Buffet, o segundo homem mais rico do mundo.

O maior gasto das campanhas é com programas de TV. Como não existe horário eleitoral gratuito nos EUA, a mídia eletrônica alcança lucros incríveis, em função dos anúncios pagos. Até agora, republicanos e democratas veicularam mais de 28 mil inserções na TV.

O que acontece nas eleições norte-americanas exemplifica bem como funciona o jogo de cartas marcadas das eleições burguesas: só quem detém o apoio de meia dúzia de ricos e poderosos pode ganhar esse jogo.
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